Uma dia depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionar o projeto da deputada Tabata Amaral (PSB) que cria uma poupança para estudantes de baixa renda do ensino médio, a pré-candidata do PSB à prefeitura da capital disse à CNN que sentiu-se “presitigiada” pelo petista e pretende contar com o apoio dele no 2° turno da disputa, mas tem seu próprio time e ele está engajado.
“Sou a candidata do Alckmin em São Paulo, e também do Márcio França e do Datena, mas os cabos eleitorais têm um papel menor em São Paulo”, disse a pessebista.
Em uma cerimônia ontem no Palácio do Planalto, Lula sancionou um projeto que foi apresentado por Tabata em 2021 e estabelece uma bolsa mensal e uma poupança anual para os estudantes do ensino médio que comprovarem frequência, matrícula e participarem do Enem.
O Governo Federal planeja investir R$ 20 bilhões até 2026 no projeto. Durante a cerimônia, Lula posou para fotos ao lado de Tabata. “O presidente reconheceu meu trabalho”, disse a deputada.
“O presidente é o maior cabo eleitoral e vou trabalhar pelo apoio dele no 2° turno”, afirmou a pré-candidata do PSB.
Ao avaliar o cenário pré-eleitoral em São Paulo, a deputada falou sobre as “dificuldades” que o deputado Guilherme Boulos (PSOL) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que lideram as pesquisas, terão no processo eleitoral.
“Sou uma pessoa de centro-esquerda e não preciso rever meus posicionamentos do passado. É natural que ele (Boulos) faça uma caminhada ao centro, mas ele terá que explicar o seu conjunto de posições que é mais à esquerda do que a cidade”, afirmou Tabata.
Sobre Nunes, ela afirmou que o prefeito “não sabe o que fazer com o Bolsonaro”.
Tabata contou que tem falado regularmente com o apresentador José Luiz Datena e que espera uma decisão dele sobre seu vice na chapa.
“Tenho o meu time e ele está engajado”, afirmou.
O lançamento da pré-candidatura de Tabata está marcado para o próximo dia 25 na laje da casa da família dela no bairro Vila Missionária, na periferia da capital.
Procurada pela CNN, a assessoria de Guilherme Boulos informou que o deputado não vai comentar. Até o momento, a equipe de Ricardo Nunes não retornou à reportagem.
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