terça-feira, abril 1, 2025
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Systemica vence leilão de concessão para reflorestamento

A Systemica, empresa com participação minoritária do banco BTG Pactual, venceu o primeiro leilão do Brasil para recuperar uma floresta desmatada, com objetivo de comercializar crédito de carbono no Pará. O governo estadual realizou a concessão da Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu, nesta sexta-feira, 28, na B3, em São Paulo.

A Systemica foi a única empresa classificada para ofertar lance, já que a Genuíno Reflorestamento foi desclassificada por não atender a exigências técnicas. O critério de julgamento do leilão considerou a pontuação técnica e a proposta financeira. A companhia obteve a nota máxima de mil pontos.

A concessão prevê a recuperação de uma área de 10 mil hectares dentro da Área de Proteção Ambiental em uma das regiões mais impactadas pelo desmatamento ilegal na Amazônia. Segundo o governo estadual, o projeto permitirá a restauração ecológica da vegetação nativa e a comercialização de créditos de carbono.

APA Triunfo do Xingu
Imagem de 2020 já mostrava desmatamento na APA Triunfo do Xingu em 2020 | Foto: Semas/PA

O governo do Pará estima que a iniciativa gere R$ 869 milhões em receitas e crie cerca de 2 mil empregos. A empresa vencedora deverá investir R$ 258 milhões na implantação e gestão da área.

Pará inaugura modelo inédito de concessão

O governador paraense, Helder Barbalho (MDB), planeja conceder mais 30 mil hectares para projetos semelhantes. O governo federal, por sua vez, estuda leilões para aproximadamente 500 mil hectares.

“Certamente é uma grande vitória nós estarmos hoje inaugurando um modelo que, eu tenho certeza, aponta um farol para que o Brasil possa adotar este modelo paraense para, com isto, garantir a recuperação do seu estoque florestal”, disse Barbalho, em entrevista coletiva na B3.

Esse é um modelo inédito no Brasil e um projeto piloto de um mercado regulamento há poucos meses. A lei que regulamenta o mercado nacional de carbono foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2024.

O setor de crédito de carbono enfrenta desafios de credibilidade desde 2023, depois de uma investigação indicar que parte dos créditos reconhecidos pela certificadora Verra não compensava emissões como deveria.



Via Revista Oeste

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