O maior salão do Centro de Convenções de Austin, Texas (EUA), recebeu hoje Jane Fonda e David Fenton para um painel intitulado “Hollywood e Ativismo: Insights”, no South by Southwest, maior festival de inovação e tecnologia do mundo.
Numa conversa mediada pela cientista comportamental Sweta Chakraborty, a atriz e ativista deu declarações que demonstraram sua indignação com a atual situação em diversas áreas, como a política e a ambiental, e trocou experiências com Fenton, também ativista e autor do livro “The Activist’s Media Handbook: Lessons from 50 Years as a Progressive Agitator” (“Manual de Mídia do Ativista: Lições de 50 Anos de um Agitador Progressista”, em tradução livre).
Pouco antes de começar a falar, Fonda pediu para que todos se sentassem, incluindo fotógrafos e cinegrafistas que registravam o evento, porque eles estavam bloqueando a visão da plateia. Só essa atitude da atriz provocou aplausos e gritos animados dos espectadores.
Citando Greta Thunberg – “não procure esperança, procure por ação e a esperança virá” – a atriz compartilhou com o público como o ativismo ajudou a tirá-la da depressão.
“Quando eu fui para Washington protestar e fui presa, não me sentia deprimida mais. Toda vez que eu ajo, a esperança vem”, disse Fonda, se referindo à série de protestos organizada pelo Greenpeace, e batizada de “Fire Drill Fridays”.
“70% dos americanos estão preocupados com as mudanças climáticas, mas quando perguntados por que eles não fazem nada a respeito, eles respondem: ‘Ninguém me pediu’. Então esse grande ‘ninguém me pediu’ era nosso alvo quando fizemos o Fire Drill Fridays. Chamar as pessoas para a ação, fazer mais do que apenas estar preocupado”, explicou.
A atriz, de 86 anos, falou também sobre a importância da união para a luta contra as mudanças climáticas.
“Se você é esperto o suficiente para se unir a organizações, e não tentar fazer por si só, então você vai encontrar pessoas novas, novos amigos, que têm os mesmos valores que você. E aí você descobre que é divertido ser ativista. Especialmente quando sabemos que é possível resolver esse problema”, afirma. “Nós temos as pessoas erradas no comando e nós podemos mudar isso. Somos mais numerosos do que eles.”