O South by Southwest, mais conhecido como SXSW, chega à metade de sua duração e já coleciona um conjunto de relatórios que apontam como será o futuro da tecnologia em diversas vertentes.
O festival é considerado um dos maiores eventos de tecnologia, música, inovações e cultura do mundo, trazendo ainda, atrações de diferentes países. O evento acontece em Austin, no estado norte-americano do Texas.
Por lá, três relatórios muito relevantes foram apresentados até o momento: o MIT mostrou o que mais impactou a tecnologia global no último ano, a futurista Amy Webb trouxe as principais tendências na área para 2024 e o especialista em videogames Joost van Dreunen trouxe as previsões para o mundo dos games.
Confira um resumo de cada um abaixo:
MIT: 10 Tecnologias que vão mudar o mundo
A inteligência artificial (IA) foi a tecnologia que apareceu em primeiro lugar na lista do Instituto de Tecnologia do Massachusetts.
“Não é surpresa que vejamos IA na lista. 2023 já foi um ano muito agitado para IA. Nós estamos agora em um momento que o público está interagindo diretamente com IA, conscientemente testando, usando IA generativa para fazer imagens”, disse Bramson-Boudreau.
Veja a lista completa:
- Inteligência artificial
- Novas células solares
- Apple Vision Pro
- Medicamentos para perda de peso
- Sistemas de energia geotérmica
- Chiplets
- Tratamento de edição de genes
- Computadores exaescala
- Bombas de calor
- “Assassinos” do Twitter
Amy Webb: futuro da tecnologia
A 17ª edição do Tech Trends Report, do Future Today Institute, presidido pela futurista Amy Webb, traz quase 900 tendências em tecnologia que reinarão em 2024.
Abaixo, a CNN traz alguns destaques do relatório:
Inteligência artificial
Para Amy Webb, depois dos chamados LLM (Large Language Models), veremos cada vez mais o que ela chama de Large Action Models, que são dispositivos que vão permitir que a inteligência artificial reconheça e aprenda com nossas ações. Aparelhos como Apple Vision Pro já são parte dessa realidade.
A IA também está presente na busca e descoberta de informações e um exemplo que utiliza essa tecnologia é o ChatGPT, da OpenAI.
Mobilidade, robôs e drones
Os consumidores estão se adaptando aos veículos elétricos e semiautônomos e aos que coletam cada vez mais dados.
Ao mesmo tempo, a tecnologia das baterias está aumentando, permitindo que veículos, robôs e drones tenham um desempenho mais longo, a ascensão destas máquinas sugere um futuro onde elas complementam e até mesmo substituem tarefas humanas.
Cuidados de Saúde e Medicina
Outro assunto que também entrará em pauta é a barreira entre o digital e o biológico, que está desaparecendo aos poucos. A fusão entre os dois mundos permite uma nova gama de tratamentos, como, por exemplo, células dentro do nosso corpo que podem produzir medicamentos em resposta a estímulos externos.
Joost van Dreunen: novidades no mundo dos games
O relatório de Joost van Dreunen, acadêmico e empreendedor, especialista em videogames, mostra que haverá nos próximos anos uma mudança do conceito de games de produtos/serviços para plataforma.
- A abordagem tradicional de vendas nos games até agora era vender o máximo de unidades possível com o maior preço, como nos casos de Zelda e Uncharted.
- Havia também a abordagem de serviços live (os chamados “forever games”) em games de múltiplos jogadores, como Pokémon Go e League of Legends.
- O próximo passo é considerar games como plataformas, que se estendem além do jogo. A ideia é um misto de atividades on e offline, como nos casos de Fortnite e Roblox.
A ideia de games como plataforma significa criar várias ações com os consumidores: play (jogar), watch (assistir), connect (conectar), create (criar) e collect (colecionar).
Ainda conforme o relatório, uma das próximas tendências são os multiplayers games — ninguém quer mais jogar sozinho.
O documento aponta ainda que a liderança da indústria tem mudado nos últimos anos entre publishers e gatekeepers. Se em 2000 Sony e Nintendo reinavam, agora disputam espaço com a Tencent, Apple e Google.
*Com informações de Aline Sgarbi, Marina Motomura, Ana Beatriz Dias, Pedro N. Jordão e Giovana Christ, da CNN