quinta-feira, julho 4, 2024
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Susto na Estação Espacial Internacional! Astronautas se abrigam por precaução

Um satélite russo desativado se desintegrou em mais de 100 pedaços no espaço na quarta-feira (26), lançando ainda mais lixo espacial na órbita terrestre. Agências espaciais dos Estados Unidos confirmaram que astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional tiveram que se abrigar em suas respectivas espaçonaves por cerca de uma hora.

O satélite russo que se desintegrou foi o RESURS-P1, declarado morto em 2022. A agência espacial russa, a Roscosmos, responsável pelo dispositivo, ainda não se pronunciou.

Astronautas precisaram se abrigar, mas ficou tudo bem! (Imagem: Paopano / Shutterstock.com)

Satélite russo estava desativado e preocupou tripulantes da Estação Espacial Internacional

As agências americanas não revelaram o que causou a queda do satélite russo. Os mais de 100 pedaços desintegrados foram lançados em órbita próximos da Estação Espacial Internacional, obrigando os tripulantes a se abrigarem em suas respectivas espaçonaves.

O alerta de “evacuação” durou apenas uma hora e os astronautas puderam voltar a seus trabalhos na Estação.

Segundo a agência de notícias Reuters, a empresa de rastreamento espacial LeoLabs identificou que o satélite ainda estava liberando fragmentos no espaço depois de oito horas do início da desintegração.

O Comando Espacial Americano monitora esses destroços e revelou que não há ameaça imediata a outros satélites na órbita terrestre.

satélite
Satélite russo RESURS-P1 (Imagem: Roscosmos/Reprodução)

Destroços lançaram ainda mais lixo espacial em órbita

Além do risco aos tripulantes da Estação Espacial Internacional, o satélite russo que se desintegrou criou ainda mais lixo espacial na órbita terrestre.

A Roscosmos não se pronunciou sobre o dispositivo, mas o país já havia sido alvo de críticas por agências americanas e de outros países ocidentais em relação ao lixo espacial.

Em 2021, a Rússia atingiu outro satélite desativado com um míssil antissatélite terrestre (ASAT, na sigla em inglês), como parte de um teste de armas antes da invasão à Ucrânia no ano seguinte. O resultado foi uma explosão em milhares de detritos em órbita.

Durante os 88 minutos iniciais da desintegração do RESURS-P1, o satélite sobreevou Plesetsk, base russa de onde o país lançou o míssil anterior. Não há indícios que a Rússia tenha atingido propositalmente o dispositivo (mas especialistas não descartam completamente essa hipótese, de acordo com fontes da Reuters).

Também é possível que a ruptura tenha acontecido por alguma falha na estrutura, com o combustível restante a bordo causando uma explosão.

Conforme a órbita da Terra vê um aumento no número de satélites e a desativação de outros, a questão do lixo espacial se agrava. Se os destroços colidirem com os dispositivos, podem arriscar comunicações, serviços de internet e navegação no planeta.

Fragmentação do satélite lançou ainda mais lixo espacial em órbita (Crédito: Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital)

Satélite russo foi desativado devido a falhas no equipamento

  • Como aconteceu com o RESURS-P1, os satélites desativados permanecem na órbita terrestre até que sejam completamente exterminados ou tenham seu destino selado de alguma outra forma;
  • Em alguns casos, eles viajam até um “cemitério de satélites” a cerca de 36 mil quilômetros da Terra, diminuindo o risco de colidirem com dispositivos ativos;
  • No caso do RESURS-P1, falhas nos equipamentos em 2021 provocaram o anúncio da desativação no ano seguinte;
  • Deste então, ele vem diminuindo de atitude em órbita até chegar no ponto de reentrada, onde a expectativa era que fosse queimado (isto é, antes da desintegração).

Manobra de proteção

Os astronautas da NASA Butch Wilmore e Sunni Williams embarcaram na nave Starliner, a cápsula da Boeing que está atracada desde 6 de junho em sua primeira missão de teste tripulada na estação.

Três dos outros astronautas norte-americanos e um cosmonauta russo entraram na cápsula Crew Dragon, da SpaceX, que os levou até a estação em março. O sexto astronauta norte-americano se juntou aos dois cosmonautas restantes em sua cápsula russa Soyuz, que os levou até lá em setembro do ano passado.

Via Olhar Digital

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