Os suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes se movimentavam “até os dias atuais” para criar obstáculos ao solucionamento do crime, ocorrido há seis anos, segundo a Polícia Federal (PF).
Esse fato foi um do que baseou o pedido de prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e do delegado Rivaldo Barbosa.
“No que tange à conveniência da instrução criminal, o que se pretende com a decretação da prisão preventiva de DOMINGOS, CHIQUINHO e RIVALDO é preservar o pouco que resta, ante a infinitude de percalços produzidos pela horda desde a gênese do iter criminis”, disse a PF em representação.
O trecho foi citado em decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com os investigadores, a “convocação de RIVALDO BARBOSA para participar do planejamento do crime foi o primeiro ato de afronta à conveniência da instrução criminal, justamente por ele ser o responsável pela apuração do crime que estava por ser cometido”.
Ainda conforme a PF, um cenário de fuga seria “absolutamente verossímil, sobretudo em razão das suas respectivas situações financeiras abastadas, suas redes de contato e interações nefastas, além da informação de que membros do grupo possuem móvel no exterior”.
Os irmãos Brazão e Barbosa foram presos preventivamente na manhã deste domingo (24), por ordem de Moraes. O pedido foi feito pela PF e teve parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os irmãos Brazão são suspeitos de serem mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, e o delegado, de obstrução de justiça e de atrapalhar as investigações.
Os três passaram por audiência de custódia e estão sendo transferidos neste domingo da Superintendência da Polícia Federal no Rio para a penitenciária federal de Brasília.
Compartilhe: