A Suprema Corte dos Estados Unidos permitiu, nesta sexta-feira, 30, que o governo do presidente Donald Trump revogue o status migratório temporário de cerca de 532 mil estrangeiros. A decisão atinge imigrantes venezuelanos, cubanos, haitianos e nicaraguenses que vivem atualmente no país.
O tribunal suspendeu a ordem da juíza federal Indira Talwani, de Boston, que impedia a medida. A decisão de Trump revoga permissões, criadas durante o governo de Joe Biden, que autorizavam a permanência temporária nos EUA por “razões humanitárias urgentes ou benefício público significativo”.
Das três juízas “progressistas” da Suprema Corte, duas discordaram da decisão da maioria da Corte: Ketanji Brown Jackson e Sonia Sotomayor.
Trump quer reverter políticas migratórias de Biden
Em março, Trump já havia tentado revogar o benefício. No mês seguinte, porém, a medida foi suspensa pela Justiça de Boston. No julgamento desta sexta, os juízes não justificaram a decisão que derrubou a suspensão e permitiu a retirada do status.

No dia 19 de maio, a Suprema Corte já havia permitido o fim de um benefício semelhante concedido a 350 mil venezuelanos sob o governo Biden. A política do democrata, que começou com os imigrantes da Venezuela em 2022, incluiu depois os cubanos, haitianos e nicaraguenses.
Imigrantes afetados pela medida da Casa Branca entraram na Justiça contra a suspensão dos vistos. Eles alegam que a revogação pode resultar em separações familiares e deportações para países onde enfrentam “sérios riscos de perigo, perseguição e até morte”.