A dívida bruta do Brasil aumentou em outubro, e reflete a menor performance do superávit primário do setor público consolidado em comparação com as expectativas. Os números foram divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira, 29. A relação entre a dívida pública e o PIB do país subiu para 78,6%, em comparação com os 78,2% registrados no mês anterior.
Segundo o Banco Central, o aumento na dívida bruta foi impulsionado por vários fatores. Os juros nominais apropriados representaram um acréscimo de 0,7 ponto porcentual. A desvalorização cambial contribuiu com 0,3 ponto porcentual. O resgate líquido da dívida teve impacto negativo de -0,1 ponto porcentual. A variação do PIB nominal resultou em uma redução de 0,5 ponto porcentual.
Por outro lado, a dívida líquida caiu para 62,1%, ante 62,4% no mês anterior. Esse índice ficou ligeiramente abaixo da expectativa do mercado, que apontava para 62,5%, conforme pesquisa realizada pela Reuters.
Superávit ficou abaixo das projeções de economistas
Em relação ao superávit primário do setor público consolidado, o valor registrado foi de R$ 36,8 bilhões em outubro. Esse valor ficou abaixo das projeções de economistas, que esperavam um saldo positivo de R$ 40 bilhões.
O governo central afetou o desempenho ao registrar superávit de R$ 39,1 bilhões. Porém, outros setores apresentaram contribuições negativas. Estados e municípios registraram déficit primário de R$ 1,9 bilhão. As estatais enfrentaram um saldo negativo de R$ 360 milhões, conforme os dados do Banco Central.