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Imagine estar na praia e ver uma ilha gigante se aproximando. Essa deve ter sido a sensação dos cariocas na chegada do super porta-aviões USS George Washington. A embarcação americana, uma das maiores da Marinha dos Estados Unidos, chegou ao Rio de Janeiro na última segunda-feira (20).
Você já leu mais de uma vez por aí que o porta-aviões veio ao Brasil para participar de exercícios militares. Mas, afinal, o que isso significa?
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Segundo informa o site do Ministério da Defesa, o exercício militar consiste na avaliação e aprimoramento da capacidade das Forças Armadas de um país responder a situações adversas. Traduzindo: é como se fosse um treino de combate, mas em uma proporção maior.
Combate? Quer dizer que estamos em guerra? Não, mas é preciso que os militares estejam preparados para. Essa é uma das funções deles.
Navegando pelo sul
No caso específico da visita do super porta-aviões, o USS George Washington veio participar de um grande exercício chamado Southern Seas 2024, organizado pelas Forças Navais do Comando Sul dos EUA. Pelos próximos meses, ele vai percorrer a costa da América do Sul, contando com a parceria das Forças Armadas de Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai.
Depois disso, o destino dele será o Japão.
Dois oficiais brasileiros estão embarcados com o objetivo de receber instruções de professores da Escola de Guerra Naval dos EUA. Além disso, eles participam da elaboração de um planejamento operacional detalhado em apoio às operações no mar.
No mesmo período, a general do Exército dos EUA e comandante do Comando Sul, Laura J. Richardson, terá uma sequência de encontros com autoridades brasileiras. Em São Paulo, por exemplo, a general vai participar de um painel de discussão sobre a integração de mulheres em missões de paz, defesa e segurança, enfatizando a importância da inclusão e da diversidade na segurança global.
De acordo com o governo americano, todos esses eventos marcam uma comemoração aos 200 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e EUA.
O super porta-aviões
- Como o próprio nome diz, esse tipo de embarcação foi criada para transportar aviões.
- Servem como uma base móvel, onde as aeronaves podem decolar e aterrissar.
- Para isso, ela precisa ser grande – e o USS George Washington leva esse requisito a sério.
- São 330 metros de comprimento por 78 metros de largura: é como se você colocasse 3 campos de futebol na sequência, um atrás do outro.
- Da quilha até o topo do mastro, são 74 metros de altura, o equivalente a um prédio de 24 andares!
- Esse monstro do mar desloca cerca de 110 mil toneladas, incluindo quase 6 mil pessoas e 90 aeronaves, incluindo aviões, caças e helicópteros.
- Segundo informa a Embaixada americana, entre essas aeronaves estão veículos de ponta, como os caças Boeing F/A-18F Super Hornet e o Lockheed Martin F-35C Lightning II.
- O segundo possui tecnologia “stealth” de 5ª geração, ou seja, pode voar sem ser identificado por radares.
- Será a primeira vez que esse caça vai voar sobre o território brasileiro.
Energia nuclear e histórico
Para suportar toda essa carga e tamanho, o super porta-aviões americano possui dois reatores nucleares, além de motores a diesel e turbinas a vapor, que geram energia para alimentar as quatro hélices que movimentam o navio.
Esse pacote também cuida da energia necessária em todo o restante da embarcação – e haja energia! No interior, o porta-aviões comporta dez pisos acima do convés e outros dez abaixo, interligados por mais de 50 escadas e elevadores muito rápidos (que levam as aeronaves do hangar para o convés em apenas oito segundos).
Além disso, o porta-aviões possui um sistema de catapultas para lançamento dos caças (que atingem uma velocidade de quase 2.000 km/h em instantes), e um sistema para a frenagem deles no pouso (feito por cabos de retenção).
Vale destacar que o USS George Washington é uma embarcação da classe Nimitz, uma das maiores e mais poderosas de todo o mundo. Ao todo, são 10 navios movidos a energia nuclear, todos a serviço da Marinha americana.
Uma curiosidade é que, além do George Washington, outros 6 Nimitz foram batizados com nomes de presidentes americanos. São eles:
- USS Dwight D. Eisenhower;
- USS Theodore Roosevelt;
- USS Abraham Lincoln;
- USS Harry S. Truman;
- USS Ronald Reagan;
- e USS George H. W. Bush.
Outros dois são homenagens a congressistas e o próprio Nimitz foi um almirante americano.
Outra curiosidade é que o USS George Washington já esteve no Brasil antes. Foi em 2015, durante a operação Unitas, o mais antigo exercício marítimo multinacional organizado pelos EUA.
As informações são da própria embaixada americana.