No momento em que o PT e até setores do MDB defendem o nome do advogado Marco Aurélio Carvalho para o Ministério da Justiça e o PSB reivindica a vaga, o senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, negou que seja o “padrinho” de Wellington Cesar Lima, subchefe de Assuntos Jurídicos da Presidência.
“Quanto mais torcida organizada, menos chance. É um eleitor só. O presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] não vai nomear alguém por pressão. Quem acredita nisso está fazendo a escolha errada”, disse Wagner na última segunda-feira (18) em entrevista coletiva em Brasília.
“Padrinho demais acaba colocando quem decide mais longe do interessado”, acrescentou.
O comando do Ministério da Justiça ficará vago em breve, já que o atual chefe da pasta, Flávio Dino, se tornará ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Sua posse deve ocorrer em 22 de fevereiro de 2024.
“Eu continuo no Ministério da Justiça até o presidente indicar um novo ministro, ou ministra. Estou disposto a ficar para fazer a transição, à medida em que ele escolher o ministro”, disse Dino na semana passada, após se encontrar com futuros colegas de STF.
A ida de Dino para o STF abriu uma disputa no governo pela sucessão no ministério, que poderia até ser desmembrado, com o estabelecimento de uma pasta da Justiça e outra da Segurança Pública.
Além de Marco Aurélio Carvalho, o MDB também apoia o nome da ministra do Planejamento, Simone Tebet, filiada à legenda. A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, é outra mulher que está no páreo — e indicar uma mulher para o cargo é algo que agrada ao presidente Lula, de acordo com apuração da analista de política da CNN Basília Rodrigues.
O PSB, partido de Dino, deseja manter o controle da Justiça e apoia o nome do secretário executivo da pasta, Ricardo Cappelli, para o cargo. Entretanto, Lula indicou para lideranças da legenda que não enxerga entre os quadros da sigla um nome à altura do posto. A apuração é da âncora da CNN Tainá Falcão.
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