O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques determinou a retirada da tornozeleira eletrônica do bicheiro Rogério Andrade. Ele também revogou o recolhimento noturno domiciliar que era imposto ao contraventor, segundo o jornal O Globo.
Andrade responde a processos que o acusam de chefiar uma organização criminosa controladora do jogo do bicho, máquinas de caça-níqueis, bingos e cassinos na zona oeste do Rio.
O bicheiro já vinha tentando na Justiça, desde às vésperas do Carnaval, a liberação para assistir ao desfile das escolas in loco, conforme adiantou o jornal na época. A mulher dele, Fabíola Andrade, foi rainha da bateria da Mocidade no último desfile da escola.
O Tribunal de Justiça do Rio, no fim de 2022, havia ordenado a soltura de Andrade, que estava preso desde agosto. O alvará foi expedido depois de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O órgão atendeu a um pedido de habeas corpus da defesa do contraventor. Foi determinado, no despacho, o cumprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno domiciliar e o comparecimento periódico ao juízo para comprovação das atividades.
Prisão em flagrante durante operação que buscava o filho do bicheiro
O bicheiro foi preso em flagrante em agosto por determinação da 1ª Vara Especializada em Crime Organizado, a pedido do Ministério Público do Rio.
Em operação da Polícia Federal, na busca de encontrar Gustavo de Andrade, seu filho, foram apreendidos documentos na casa onde o pai estava, em Petrópolis, na Região Serrana do Estado.
Os promotores alegaram, no pedido de prisão, que o material comprovava que o bicheiro ainda atua como líder da organização criminosa. A operação ocorreu depois que o STF suspendeu os pedidos anteriores de prisão do bicheiro.
Rogério Andrade é sobrinho do famoso contraventor Castor de Andrade, que morreu em 1997 e ficou conhecido como patrono da Mocidade e do Bangu Atlético Clube, que chegou a ser vice-campeão brasileiro de futebol, em 1985.