quinta-feira, setembro 12, 2024
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STF investiga 13 se há irregularidades em emendas parlamentares

O Supremo Tribunal Federal (STF) investiga 13 possíveis irregularidades em emendas parlamentares. A apuração ocorre em meio à crise entre Corte e Congresso, que se intensificou depois de o Supremo suspender as emendas impositivas.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi o órgão responsável por protocolar as 13 investigações preliminares no tribunal. Esses procedimentos começaram a tramitar em 22 de julho, quando o ministro Flávio Dino já havia agendado uma audiência para discutir a necessidade de maior transparência e rastreamento de emendas. Desde então, o impasse entre o STF e o Congresso se agravou.

As investigações da PGR, originadas de uma apuração inicial da ministra Cármen Lúcia, foram divididas em 13 apurações distintas, cada uma referente a diferentes fatos suspeitos, e não a 13 parlamentares específicos.

Relatores do STF e possíveis inquéritos criminais

As investigações foram distribuídas a outros ministros do STF, incluindo Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Gilmar Mendes e Kassio Nunes Marques. Dependendo do entendimento do Ministério Público Federal e da decisão dos ministros, essas investigações podem se transformar em inquéritos criminais.

Em meio à tensão entre o STF e o Congresso, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, convidou os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para um almoço nesta terça-feira, 20, na sede do STF.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também foram convidados.

Encontro busca solução para a crise

O encontro visa a encontrar uma solução conjunta para a crise. Apesar de não levarem uma proposta pronta, os ministros do governo apostam no diálogo. Na última semana, o STF decidiu unanimemente manter a suspensão das emendas até que haja maior transparência nos repasses.

Em resposta, Arthur Lira encaminhou duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que visam a limitar as decisões individuais dos ministros do STF e permitir que o Congresso derrube decisões da Corte.

As emendas são usadas por parlamentares para financiar projetos em suas bases eleitorais, mas a prioridade é atender seus redutos eleitorais, não as áreas de maior demanda. As emendas impositivas incluem bancadas, individuais e de transferência especial, conhecidas como emendas Pix.

Suspensão das emendas e reuniões técnicas

Flávio Dino defendeu a ideia de que a suspensão das emendas dure até que o Congresso estabeleça novas regras de liberação de recursos de forma transparente e rastreável. A decisão permite apenas recursos para obras já iniciadas ou para atendimento de calamidades públicas. Em seu voto, Dino destacou que “estão ocorrendo reuniões técnicas entre os órgãos interessados”.

Via Revista Oeste

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