O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta terça-feira, 25, para descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.
Até o momento, seis ministros votaram a favor da descriminalização: Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Edson Fachin, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, com divergências sobre quem fará a definição e qual vai ser a quantidade máxima de droga permitida.
Três ministros votaram contra: André Mendonça, Nunes Marques e Cristiano Zanin. Luiz Fux e Cármen Lúcia precisam ainda se posicionar.
A maioria se formou depois de Toffoli esclarecer o voto. Na semana passada, a terceira interpretação proposta pelo juiz do STF confundiu até mesmo seus colegas. Por isso, o placar havia se mantido em 5 a 3.
Histórico do caso sobre a descriminalização da maconha no STF
O julgamento voltou à pauta depois de Toffoli devolver o caso, após 90 dias suspenso em virtude de pedido de vista.
A ação começou a ser julgada em 2015 e foi paralisada várias vezes, por solicitações de mais tempo de análise.
Relator do processo, o decano do STF, Gilmar Mendes, defendeu inicialmente a extensão da medida a todas as drogas e argumentou que a criminalização “compromete” medidas de prevenção e redução de danos, além de gerar punição desproporcional.
No ano passado, contudo, Mendes ajustou seu voto e o restringiu à maconha, em virtude de essa ser a tendência formada pela maioria dos ministros.