Os candidatos à eleição na Venezuela devem comparecer, nesta sexta-feira, 2, ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), controlado pelo ditador Nicolás Maduro.
A cerimônia está prevista para ocorrer às 15 horas, no horário de Brasília. “Estarei lá, espero que todos os candidatos compareçam”, disse Maduro em um discurso.
Na tarde de ontem, o “STF” fez a convocação, um dia depois de aceitar um recurso do ditador Nicolás Maduro para auditar o resultado proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), também sob as rédeas do regime. “Sou um homem da lei”, escreveu Maduro nas redes sociais, ao publicar um vídeo no qual mostra o ato da entrega do documento. “Interpus um Recurso de Amparo na Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça para resolver esta tentativa de golpe de Estado. Só os corajosos prevalecem com a verdade. Amo o meu país e jamais permitirei que prejudiquem a nossa pátria.”
De acordo com o CNE, Maduro teve 51% dos votos, contra 44% do ex-diplomata Edmundo González.
Presidente do “STF” da Venezuela é aliada de Nicolás Maduro
A ministra Caryslia Rodriguez, que preside o TSJ, é filiada ao Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do qual pertence Maduro.
Formada pela Universidade Central da Venezuela, Caryslia milita no chavismo desde a juventude.
Apesar de ser advogada, Caryslia tem maior atuação na política. Ela foi prefeita de Caracas e presidente da Câmara Municipal pelo PSUV. Em um vídeo antigo que viralizou nas redes sociais, a ministra aparece pedindo votos para Maduro nas primárias do partido.