O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes converteu em preventiva a prisão do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, nesta sexta-feira (9). Na quinta-feira (8), ele foi preso em flagrante durante operação da Polícia Federal (PF).
A prisão preventiva não tem prazo para acabar e mantém o presidente do PL preso por mais tempo.
Moraes ainda deu o prazo de 24 horas para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa de Valdemar.
Procurado pela CNN, o advogado de defesa de Valdemar, Marcelo Bessa, preferiu não se manifestar.
Valdemar foi um dos alvo de uma ação da PF que investiga uma tentativa de articulação de golpe de Estado durante no final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Aliados do ex-presidente foram presos em função da tentativa de golpe. Eles também permanecerão na cadeia.
Após audiência de custódia, nesta sexta-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes decidiu manter as prisões preventivas de Rafael Martins de Oliveira, Marcelo Costa Câmara, que integram o Exército, e de Filipe Martins, ex-assessor especial de assuntos internacionais da presidência.
O presidente do PL foi preso em flagrante na quinta-feira (8) por porte ilegal de arma, encontrada durante a operação da PF. Na ação, também foi encontrada uma pepita de ouro na residência do político.
Valdemar passou a noite em uma cela de 5 x 3 metros na Superintendência da Polícia Federal (PF) do Distrito Federal.
A cela onde o político dormiu tem um beliche, com duas camas de concreto com um colchão do tipo hospitalar e uma mureta que divide a cama do local, onde há espaço para tomar banho e fazer necessidades fisiológicas. Há um chuveiro em cima de uma privada, que é embutida no chão.
Valdemar teve direito a jantar — com arroz, feijão, proteína e salada. Pela manhã, tem café, leite, pão e uma fruta. O cardápio do almoço é o mesmo do jantar, com mudança na proteína.
A cela é a mesma em que já passaram a noite Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, e o ex-ministro Geddel Vieira Lima, antes de serem transferidos a presídios. O espaço foi vistoriada antes da chegada do presidente do PL.
*Com informações de João Rosa e Jussara Soares
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