sábado, setembro 14, 2024
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Startup quer lançar reator de fusão nuclear estacionário em até 10 anos

A startup japonesa Helical Fusion pretende lançar o primeiro reator de fusão nuclear em estado estacionário do mundo em 2034, em até 10 anos. Segundo o presidente-executivo da empresa, Takaya Taguchi, o objetivo é iniciar as operações comerciais na década de 2040.

Apesar dos esforços globais para aproveitar a fusão, a reação que acontece dentro do Sol, como forma de energia livre de emissões de carbono, 70 anos de pesquisa ainda não produziram um reator comercialmente viável.

“Nosso objetivo é ter o primeiro reator de fusão em estado estacionário do mundo funcionando e gerando eletricidade nos próximos 10 anos”, disse o presidente-executivo da Helical Fusion à Reuters.

“Se for bem-sucedido, o Japão, um importador de energia, poderá produzir sua própria energia e até mesmo exportá-la, aumentando consideravelmente a segurança energética do país”, disse Taguchi, que trabalhou em bancos antes de fundar a Helical Fusion com dois cientistas do Instituto Nacional de Ciência de Fusão do Japão em 2021.

A fusão pode ser reproduzida na Terra usando lasers ou ímãs para fundir dois átomos leves em um mais denso, liberando energia no processo.

A Helical Fusion planeja construir o reator piloto usando o método helicoidal, uma abordagem magnética, com uma capacidade de geração de 50 a 100 megawatts.

“Se operarmos o reator piloto a partir de 2034 por alguns anos (…) poderemos começar a construir um reator comercial e colocá-lo em operação por volta de 2040, no mínimo”, disse Taguchi.

“O Japão já investiu cerca de 400 bilhões de ienes (2,8 bilhões de dólares) em pesquisa no NIFS e planejamos alavancar e comercializar a fusão”, acrescentou.

O NIFS possui uma das maiores instalações experimentais de fusão do mundo, que atingiu 100 milhões de graus Celsius e durações de plasma superiores a 3 mil segundos.

Durante décadas, os cientistas têm se esforçado para gerar mais energia a partir de uma reação de fusão do que o necessário para aquecer e manter o combustível a mais de 100 milhões de graus Celsius.

Taguchi disse que ainda há desafios significativos, incluindo a arrecadação de 1 trilhão de ienes para construir o reator piloto, o desenvolvimento da tecnologia de supercondutividade de alta temperatura para as bobinas e o estabelecimento de regras de segurança para obter a aprovação da construção do equipamento.

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Via CNN

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