Por meio de uma nota enviada nesta quinta-feira, 5, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a Starlink bloqueou o acesso ao Twitter/X em sua área de atuação no Brasil.
A empresa, de propriedade de Elon Musk, atua no ramo de internet por satélite. No Brasil conta com 224,4 mil acessos, com a maior operação na Região Norte. O bloqueio foi iniciado a partir das 18h06 da quarta-feira 4.
A Starlink já havia informado que suspenderia o acesso à plataforma. A empresa teve as contas no Brasil bloqueadas pelo ministro Alexandre de Moraes pelo não cumprimento da determinação de suspensão do Twitter/X. De acordo com a provedora, a decisão “impede” a condução de suas transações financeiras no país.
Na segunda-feira 2, a Starlink apresentou um novo recurso no STF para derrubar a decisão que determinou o bloqueio das contas bancárias da empresa no Brasil.
O ministro Cristiano Zanin rejeitou o primeiro recurso da empresa. Em sua decisão, o ministro argumentou que o mandado de segurança, tipo de processo utilizado pela Starlink, não é apropriado para contestar a decisão de outro ministro da Corte.
O novo recurso busca reverter a decisão monocrática de Alexandre de Moraes, que ordenou o bloqueio das contas para assegurar o pagamento de multas que chegam a R$ 18 milhões. Os valores são decorrentes do descumprimento de ordens de Moraes referentes ao bloqueio de perfis do Twitter/X, também de propriedade de Musk.
Dono da Starlink, Elon Musk publica nova leva de documentos no Alexandre Files
O empresário e dono do Twitter/X, Elon Musk, divulgou uma nova leva de documentos no perfil Alexandre Files, criado com o propósito de expor ordens enviadas pelo ministro Alexandre de Moraes à plataforma. A publicação foi feita na noite da quarta-feira 4.
Oeste teve acesso ao teor da postagem por meio de um colaborador que reside no exterior. A publicação fala de uma determinação de bloqueio enviada em 9 de março de 2023. De acordo com Musk, Moraes ordenou a censura de perfis de cidadãos comuns, que tinham poucos seguidores e apenas demonstravam, por meio de suas postagens, o apoio à ideologia conservadora.