quinta-feira, novembro 21, 2024
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SpaceX adia lançamento de missão espacial privada

Originalmente programada para decolar na segunda-feira (26), a missão Polaris Dawn, que será lançada em um foguete Falcon 9, da SpaceX, precisou ser adiada. Se tudo der certo, essa missão será a primeira a realizar uma caminhada espacial privada, além de representar a viagem humana mais distante desde a era Apollo.

Em um comunicado no X (antigo Twitter), a SpaceX revelou que o lançamento foi transferido para o dia seguinte, terça-feira (27). A publicação inclui um vídeo destacando a tripulação, a espaçonave Dragon modificada e os novos trajes espaciais de atividade extraveicular (EVA) desenvolvidos pela empresa.

A SpaceX justificou o adiamento de 24 horas como uma medida para garantir tempo adicional para concluir as verificações pré-voo.

A missão será lançada do Complexo de Lançamento-39A, no Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida. A janela de lançamento de quatro horas abrirá às 4h38 (pelo horário de Brasília), dando início a uma jornada de cinco dias. 

Essa iniciativa é parte de um programa privado de voos espaciais financiado pelo bilionário Jared Isaacman, que comandará a missão. Esta será sua segunda ida ao espaço, depois da missão Inspiration4, em 2021, a primeira empreitada totalmente civil ao espaço. Na ocasião, foram arrecadados US$250 milhões para o St. Jude Children’s Research Hospital, instituição que trata de crianças com câncer nos EUA.

Engenheiras da SpaceX serão as primeiras mulheres a ir para tão longe no espaço

A missão Polaris Dawn é a primeira de três lançamentos planejados para o Programa Polaris. O objetivo do programa é promover a exploração privada do espaço, expandir a pesquisa científica em microgravidade e continuar arrecadando fundos para o mesmo hospital. Além de Isaacman, a tripulação inclui Scott Poteet, tenente-coronel aposentado da Força Aérea dos EUA, e as especialistas Sarah Gillis e Anna Menon, engenheiras da SpaceX que serão as primeiras funcionárias da empresa a viajar para o espaço.

Anna Menon (especialista em missão e médica), Scott Poteet (piloto da missão), Sarah Gillis (especialista em missão) e Jared Isaacman (comandante da missão). Crédito: John Kraus/Polaris/Divulgação

A tripulação será lançada em uma órbita altamente elíptica, atingindo uma altitude de cerca de 1.400 km, onde estará mais distante da Terra do que qualquer espaçonave desde as missões Apollo, encerradas em 1972. Isso representa mais de três vezes a latitude da Estação Espacial Internacional (ISS). Menon e Gillis se tornarão as primeiras mulheres a voar tão longe do planeta.

Outro marco histórico da missão será a primeira caminhada espacial totalmente civil, que deve ocorrer na metade do caminho, de acordo com um comunicado no site oficial da Polaris Dawn. 

A missão Polaris Dawn pretende realizar a primeira caminhada espacial privada da história. Crédito: Polaris Program/Divulgação

Inicialmente planejada para 2022, a missão foi adiada várias vezes para permitir o desenvolvimento e teste do novo traje para caminhadas espaciais da SpaceX e as modificações necessárias na cápsula Dragon para suportar a exposição ao vácuo espacial.

A caminhada espacial, considerada o experimento mais crítico da missão, ocorrerá no terceiro dia e deverá durar cerca de duas horas, desde a despressurização da cabine até a repressurização. Durante a atividade, dois membros da tripulação sairão completamente da espaçonave.

A missão terminará dois dias após a caminhada espacial, com um pouso de paraquedas na costa da Flórida. Os próximos lançamentos do Programa Polaris ainda não têm objetivos definidos, mas Isaacman demonstrou interesse em colaborar com missões da NASA em órbita, como o Telescópio Espacial Hubble, e sugeriu que a terceira missão do programa poderia ser o primeiro voo tripulado do foguete Starship, da SpaceX.

Via Olhar Digital

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