sábado, novembro 23, 2024
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SP: com permissão para prédios mais altos, vereadores aprovam nova Lei de Zoneamento

Três meses depois de muita discussão, a Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou na noite desta quinta-feira (21) o texto da nova Lei de Zoneamento da cidade. Entre as principais alterações, a permissão de construção de prédios ainda maiores.

A matéria foi aprovada com 46 votos favoráveis e nove contrários (veja abaixo como cada um votou). De acordo com o regimento da Casa, por alterar o zoneamento da capital, o projeto exigiu votação nominal e quórum qualificado de dois terços dos vereadores. O projeto de lei agora segue para sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

As alterações dos gabaritos de altura, que limitam o tamanho das construções, foram inseridas no relatório final. Isso permite que, nos miolos dos bairros da capital, os prédios possam ter até 60 metros de altura –hoje, a medida máxima permitida é 48 metros.

Esses locais são chamados, na lei, de zonas de centralidade. O presidente do Legislativo, Milton Leite (União Brasil), afirmou que, conforme o texto, essas regiões são destinadas para as famílias de baixa renda e para os imóveis de Habitação de Interesse Social (HIS).

Outra mudança de altura máxima aconteceu nas zonas mistas, onde há comércios e residências. A lei em vigor determina que os prédios tenham, no máximo, 28 metros de altura (oito andares, aproximadamente). Se a proposta for sancionada pelo prefeito, o limite sobe para até 42 metros (14 andares).

Apesar da aprovação, vários vereadores apontaram a necessidade de se fazer ainda mais discussões para que o projeto seja considerado “justo”. Não houve consenso nem mesmo entre as bancadas de partidos, como o PT.

O líder da bancada, Senival Moura (PT), votou favorável, enquanto a colega Luna Zarattini votou contra, alegando que as novas permissões de altura fora de eixos de transporte poderiam ser prejudiciais a longo prazo para as famílias.

O vereador Eliseu Gabriel (PSB), que havia votado positivamente na primeira sessão, em 12 de dezembro, foi contrário, também alegando que as mudanças nos gabaritos de altura deveriam ter sido discutidas, e não “encaixadas” na votação.

A bancada do PSOL repetiu o mesmo posicionamento da votação anterior e foi contrária à mudança.

A proposta original, encaminhada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), foi duramente questionada por entidades sociais, que argumentaram que o plano permitia uma “expansão desenfreada”.

Uma das mudanças da nova legislação é a ampliação das áreas próximas do transporte público em que é possível construir mais. Na maior parte da cidade, a regra é que as edificações podem ter uma área construída equivalente ao tamanho do terreno. Já nessas áreas próximas do transporte público, o coeficiente de aproveitamento deve ser de até quatro vezes, conforme a proposta original.

Na regra atual –em vigor desde 2016–, o incentivo valia para terrenos em um raio de até 600 metros das estações de metrô e trem e de até 300 metros no caso de corredores de ônibus. No novo plano, o limite salta para 700 metros e 400 metros, respectivamente. Além disso, basta que o quarteirão esteja na zona do raio, e não necessariamente o terreno.

Audiências públicas foram realizadas com o objetivo de propor alterações ao texto base do Plano Diretor. Ao menos 10 emendas com revisões de algumas das medidas foram propostas por vereadores, como algumas adaptações para zonas residenciais e permissões específicas para algumas regiões.

  • Adilson Amadeu (União Brasil) – Sim
  • Alessandro Guedes (PT) – Sim
  • André Santos (Republicanos) – Sim
  • Arselino Tatto (PT) – Sim
  • Atílio Francisco (Republicanos) – Sim
  • Aurélio Nomura (PSDB) – Sim
  • Beto do Social (PSDB) – Sim
  • Celso Giannazi (PSOL) – Não
  • Cris Monteiro (NOVO) – Não
  • Danilo do Posto de Saúde (Podemos) – Sim
  • Dr. Adriano Santos (PSB) – Sim
  • Dr. Milton Ferreira (Podemos) – Sim
  • Dr. Nunes Peixeiro (MDB) – Sim
  • Dra. Sandra Tadeu (União Brasil) – Sim
  • Edir Sales (PSD) – Sim
  • Eliane do Quilombo Periférico (PSOL) – Não
  • Eli Corrêa (União Brasil) – Sim
  • Eliseu Gabriel (PSB) – Não
  • Ely Teruel (Podemos) – Sim
  • Fábio Riva (PSDB) – Sim
  • Fernando Holiday (PL) – Sim
  • George Hato (MDB) – Sim
  • Gilson Barreto (PSDB) – Sim
  • Hélio Rodrigues (PT) – Sim
  • Isac Felix (PL) – Sim
  • Jair Tatto (PT) – Sim
  • Janaína Lima (MDB) – Sim
  • João Ananias (PT) – Sim
  • João Jorge (PSDB) – Sim
  • Jorge Wilson Filho (Republicanos) – Sim
  • Jussara Basso (PSOL) – Não
  • Luana Alves (PSOL) – Não
  • Luna Zarattini (PT) – Não
  • Major Palumbo (PP) – Sim
  • Manoel Del Rio (PT) – Sim
  • Marcelo Messias (MDB)- Sim
  • Marlon Luz (MDB) – Sim
  • Milton Leite (União Brasil) – Sim
  • Paulo Frange (Sem partido) – Sim
  • Prof. Toninho Vespoli (PSOL) – Não
  • Ricardo Teixeira (União Brasil) – Sim
  • Rinaldi Digilio (União Brasil) – Sim
  • Roberto Tripoli (Partido Verde) – Sim
  • Rodolfo Despachante (PP) – Sim
  • Rodrigo Goulart (PSD) – Sim
  • Rubinho Nunes (União Brasil) – Sim
  • Rute Costa (PSDB) – Sim
  • Sandra Santana (PSDB) – Sim
  • Sansão Pereira (Republicanos) – Sim
  • Senival Moura (PT) – Sim
  • Sidney Cruz (Solidariedade) – Sim
  • Silvia da Bancada Feminista (PSOL) – Não
  • Thammy Miranda (PL) – Sim
  • Waldir Junior (PSD) – Sim
  • Xexéu Tripoli (PSDB) – Sim

Via CNN

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