O pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, disse ser favorável à apresentação de carteira de vacinação nas escolas.
A manifestação dele acontece após a repercussão de uma mensagem dele, feita em 2018, no X (antigo Twitter) em que criticou a proposta do então presidente Michel Temer de considerar obrigatória a exigência da carteira nacional de imunização como requisito para matrículas.
“Governo Temer considera tornar vacinação infantil obrigatória, ideia absurda que resultou em uma revolta popular no século passado. Precisamos revogar a EC95, garantir abastecimento de vacinas e horários expandidos nas unidades de saúde e ampliar as campanhas de vacinação”, escreveu na época.
Governo Temer considera tornar vacinação infantil obrigatória, ideia absurda que resultou em uma revolta popular no século passado. Precisamos revogar a EC95, garantir abastecimento de vacinas e horários expandidos nas unidades de saúde e ampliar as campanhas de vacinação.
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) September 18, 2018
À CNN, Boulos disse agora que “o tuíte de 2018 que tem sido utilizado pelos bolsonaristas foi equivocado e mal redigido”.
A mensagem de 2018 foi criticada por adversários políticos de Boulos, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Na última semana, ele apareceu em vídeo com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que anunciou que alunos sem vacinação em dia poderão frequentar as escolas no estado.
“Excelente, Boulos! Já coloquei como prioridade o fim da vacinação obrigatória para crianças na reunião da oposição hoje cedo. Já temos as assinaturas suficientes para votar o PDL [projeto de lei] para sustar a decisão do Ministério da Saúde. Agora é ser pautado em plenário.”, escreveu Nikolas.
Boulos disse que, na ocasião em que se deu sua publicação em 2018, o governo Temer “insistia numa política de sucateamento do SUS [Sistema Únicos de Saúde] enquanto tentava transferir integralmente a responsabilidade para as famílias”.
Além disso, afirma que seu posicionamento não deixa dúvidas de que é, sim, um político “favorável à vacinação e à apresentação obrigatória de carteira de vacinação nas escolas”. Para ele, é “inadmissível” que sua publicação esteja sendo utilizada fora de contexto para “defender projetos absurdos antivacina”.
*Sob supervisão de Nathan Lopes
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