Depois de longa investigação, a equipe da missão Voyager, da NASA, pôde – pela primeira vez em cinco meses – verificar as condições e o status da espaçonave mais distante da Terra, a sonda Voyager 1.
Em comunicado emitido na segunda-feira (22), a agência informou que o equipamento já voltou a transmitir informações para o nosso planeta. O satélite parou de enviar dados legíveis para a Terra em 14 de novembro de 2023, embora ainda estivesse recebendo comandos.
Em março, equipes que trabalham no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA descobriram que um único chip com defeito era o culpado e desenvolveram uma correção de codificação inteligente que funcionou dentro das restrições de memória apertadas de seu sistema computacional de 46 anos.
Voyager 1: primeira espaçonave a voar no meio interestelar
Lançada em 1977, a sonda Voyager 1 foi a primeira espaçonave da humanidade a entrar no meio interestelar, em 2012, e atualmente está a mais de 15 bilhões de quilômetros da Terra. As mensagens enviadas daqui levam cerca de 22,5 horas para chegar até lá.
A espaçonave gêmea, Voyager 2, também deixou o sistema solar em 2018. Ambas carregam “Golden Records” – discos de cobre banhados a ouro de 12 polegadas destinados a transmitir a história do nosso mundo a extraterrestres.
No pacote de dados estão um mapa do nosso sistema solar, um pedaço de urânio (que serve como um relógio radioativo que permite aos destinatários datar o lançamento da nave espacial) e instruções simbólicas que transmitem como reproduzir o registro.
O conteúdo do registro, selecionado para a NASA por um comitê presidido pelo lendário astrônomo Carl Sagan, inclui imagens codificadas da vida na Terra, bem como música e sons que podem ser reproduzidos usando uma caneta inclusa.
A vida útil estimada para essas sondas vai até 2025. Elas então continuarão a vagar pela Via Láctea, por toda a eternidade, em silêncio.