sexta-feira, novembro 22, 2024
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Sonda lunar privada vai ajudar NASA a preparar missões à Lua

Reprogramado para esta quinta-feira (15), conforme noticiado pelo Olhar Digital, o próximo lançamento do programa CLPS (sigla em inglês para “Serviços de Cargas Lunares Comerciais”), da NASA, será a missão IM-1, que vai decolar rumo à Lua a bordo de um foguete Falcon 9, da SpaceX, levando a sonda Nova-C.

Segundo a agência, a missão vai ajudar os cientistas a prepararem o solo para a volta da humanidade à superfície lunar em 2026 (ou mais adiante), com o voo Artemis 3.

A missão Odysseus que leverá o módulo de pouso privado Nova-C, da Intuitive Machines, para a Lua, irá ajudar a NASA a se preparar para missão Artemis 3 (Crédito: Intuitive Machines)
A missão IM-1, que leverá o módulo de pouso privado Nova-C (Odysseus), da Intuitive Machines, para a Lua, irá ajudar a NASA a se preparar para missão Artemis 3. Crédito: Intuitive Machines

Para quem tem pressa:

  • A NASA anunciou que a nova data para o lançamento do módulo de pouso Nova-C (apelidado de Odysseus em homenagem ao inventor do “Cavalo de Troia”) à Lua será esta quinta-feira (15), às 3h05 (pelo horário de Brasília);
  • O lançamento será realizado por um foguete Falcon 9, da SpaceX;
  • A princípio, o lançamento estava agendado para esta quarta-feira (14), mas foi remarcado devido a um problema de temperatura do metano líquido durante o abastecimento da sonda;
  • A missão IM-1, da SpaceX e da Intuitive Machines, fabricante do equipamento, vai decolar a partir da Estação da Força Espacial em Cabo Canaveral, na Flórida, nos Estados Unidos;
  • O objetivo da missão é posicionar o lander Nova-C próximo à cratera de impacto Malapert A, região de grande interesse para cientistas e entusiastas da exploração lunar por ter grandes quantidades de gelo de água;
  • A missão pode entrar para a história da exploração espacial como a primeira vez que um módulo de pouso privado chega controladamente à superfície da Lua;
  • Estarão a bordo 12 cargas úteis, sendo metade da NASA e metade de parceiros independentes.

De acordo com a descrição da missão, os experimentos incluem “instrumentos com foco em interações pluma-superfície (poeira), interações clima espacial/superfície lunar, radioastronomia, tecnologias de pouso de precisão e um nó de comunicação e navegação para futuras tecnologias de navegação autônoma”.

Programa de missões robóticas privadas à Lua

O CLPS é um programa de missões robóticas lunares privadas de baixo custo financiadas pela NASA. Missões menores e mais baratas permitem que a agência teste tecnologias de forma mais rápida que o planejamento de uma missão tradicional, no entanto, apresenta a desvantagem de menos sistemas de backup em caso de problemas.

Essa inconveniência foi demonstrada com o fracasso do módulo Peregrine, da Astrobotic, que sofreu uma anomalia após o seu lançamento e teve sua missão encerrada antes de chegar à Lua, em uma reentrada ardente na atmosfera da Terra.

Apesar disso, em teleconferência realizada na segunda-feira (12), Susan Lederer, cientista do projeto CLPS no Centro Espacial Johnson, da NASA, disse que o risco vale a pena, pois permite que os preparativos para o Programa Artemis sejam realizados de forma mais eficiente, como encontrar um local onde o pouso pode acontecer.

A sonda Odysseus

A sonda Odysseus ajudará os pesquisadores da NASA a aprender como se comunicar a partir do polo sul lunar. Isso porque em relação à região, a Terra está um “ponto muito, muito baixo no horizonte”, o que pode dificultar a comunicação, de acordo com Lederer.

As comunicações podem saltar ao longo do terreno, indo e vindo. Portanto, ter uma localização próxima do polo sul nos ajudará a começar a investigar esse tipo de coisas que estão a acontecer.

Susan Lederer

Além disso, os equipamentos da IM-1, como painéis solares e instrumentos de pesquisa, terão avaliados seus desempenhos no frio intenso da Lua. No entanto, mesmo que a sonda Odysseus ou qualquer outra missão do CLPS não consiga, assim como aconteceu com o módulo Peregrine, a NASA seguirá firme com os planos da Artemis 3. “Isso não colocará em risco a eficiência”, garante Lederer.

Via Olhar Digital

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