Tudo sobre Artemis
Reprogramado para esta quinta-feira (15), conforme noticiado pelo Olhar Digital, o próximo lançamento do programa CLPS (sigla em inglês para “Serviços de Cargas Lunares Comerciais”), da NASA, será a missão IM-1, que vai decolar rumo à Lua a bordo de um foguete Falcon 9, da SpaceX, levando a sonda Nova-C.
Segundo a agência, a missão vai ajudar os cientistas a prepararem o solo para a volta da humanidade à superfície lunar em 2026 (ou mais adiante), com o voo Artemis 3.
Para quem tem pressa:
- A NASA anunciou que a nova data para o lançamento do módulo de pouso Nova-C (apelidado de Odysseus em homenagem ao inventor do “Cavalo de Troia”) à Lua será esta quinta-feira (15), às 3h05 (pelo horário de Brasília);
- O lançamento será realizado por um foguete Falcon 9, da SpaceX;
- A princípio, o lançamento estava agendado para esta quarta-feira (14), mas foi remarcado devido a um problema de temperatura do metano líquido durante o abastecimento da sonda;
- A missão IM-1, da SpaceX e da Intuitive Machines, fabricante do equipamento, vai decolar a partir da Estação da Força Espacial em Cabo Canaveral, na Flórida, nos Estados Unidos;
- O objetivo da missão é posicionar o lander Nova-C próximo à cratera de impacto Malapert A, região de grande interesse para cientistas e entusiastas da exploração lunar por ter grandes quantidades de gelo de água;
- A missão pode entrar para a história da exploração espacial como a primeira vez que um módulo de pouso privado chega controladamente à superfície da Lua;
- Estarão a bordo 12 cargas úteis, sendo metade da NASA e metade de parceiros independentes.
De acordo com a descrição da missão, os experimentos incluem “instrumentos com foco em interações pluma-superfície (poeira), interações clima espacial/superfície lunar, radioastronomia, tecnologias de pouso de precisão e um nó de comunicação e navegação para futuras tecnologias de navegação autônoma”.
Programa de missões robóticas privadas à Lua
O CLPS é um programa de missões robóticas lunares privadas de baixo custo financiadas pela NASA. Missões menores e mais baratas permitem que a agência teste tecnologias de forma mais rápida que o planejamento de uma missão tradicional, no entanto, apresenta a desvantagem de menos sistemas de backup em caso de problemas.
Essa inconveniência foi demonstrada com o fracasso do módulo Peregrine, da Astrobotic, que sofreu uma anomalia após o seu lançamento e teve sua missão encerrada antes de chegar à Lua, em uma reentrada ardente na atmosfera da Terra.
Apesar disso, em teleconferência realizada na segunda-feira (12), Susan Lederer, cientista do projeto CLPS no Centro Espacial Johnson, da NASA, disse que o risco vale a pena, pois permite que os preparativos para o Programa Artemis sejam realizados de forma mais eficiente, como encontrar um local onde o pouso pode acontecer.
A sonda Odysseus
A sonda Odysseus ajudará os pesquisadores da NASA a aprender como se comunicar a partir do polo sul lunar. Isso porque em relação à região, a Terra está um “ponto muito, muito baixo no horizonte”, o que pode dificultar a comunicação, de acordo com Lederer.
As comunicações podem saltar ao longo do terreno, indo e vindo. Portanto, ter uma localização próxima do polo sul nos ajudará a começar a investigar esse tipo de coisas que estão a acontecer.
Susan Lederer
Além disso, os equipamentos da IM-1, como painéis solares e instrumentos de pesquisa, terão avaliados seus desempenhos no frio intenso da Lua. No entanto, mesmo que a sonda Odysseus ou qualquer outra missão do CLPS não consiga, assim como aconteceu com o módulo Peregrine, a NASA seguirá firme com os planos da Artemis 3. “Isso não colocará em risco a eficiência”, garante Lederer.