terça-feira, fevereiro 11, 2025
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Sócios da Teka acionam Justiça para barrar falência

Os acionistas da Teka, tradicional empresa de cama, mesa e banho de Santa Catarina, estão empenhados em evitar sua falência.

O fundo Alumni, que detém 24% das ações, busca convencer a Justiça a rejeitar o pedido de falência feito pelo administrador judicial Leiria & Cascaes.

O processo de recuperação judicial da Teka tramita há 12 anos, desde que foi iniciado em outubro de 2012, com uma dívida de R$ 780 milhões.

Recentemente, a empresa reduziu sua dívida tributária em R$ 200 milhões ao aderir a um programa de renegociação de débitos do ICMS, promovido pela Procuradoria-Geral.

Os argumentos dos acionistas da Teka

Teka está em reorganização financeira, argumentam acionistas | Foto: Reprodução/Redes sociais
Teka está em reorganização financeira, argumentam acionistas | Foto: Reprodução/Redes sociais

Os acionistas argumentam que decretar a falência agora, quando a empresa está em reorganização financeira, não faz sentido. A dívida tributária, a maior parte do endividamento da Teka, será paga em parcelas de R$ 676 mil durante dez anos.

O Alumni prevê que essa dívida poderá ser “tranquilamente acomodada” no orçamento de 2025, quando a empresa espera gerar R$ 16 milhões de fluxo de caixa livre. No entanto, o administrador judicial alega que o fluxo de caixa da Teka está comprometido e insuficiente para honrar os compromissos.

O administrador judicial também solicita honorários de R$ 7,5 milhões, divididos em 48 parcelas de R$ 157 mil, valor que o Alumni considera excessivo.

O pedido de falência ocorreu depois que o Alumni acionou a Justiça para questionar a empresa de auditoria contratada, que não tinha experiência em auditar uma companhia de capital aberto.

O Alumni sugeriu a contratação da PwC, uma das quatro maiores empresas do setor, aprovada pela Justiça.

Contudo, o administrador judicial questionou o trabalho da PwC devido à ligação anterior de sócios da EXM Partners, contratada pelo Alumni, com a PwC. O Alumni rebateu, afirmando ser “risível” considerar isso um sinal de parcialidade.

Pedido de falência

Os acionistas classificam como “ilações fantasiosas” as alegações no pedido de falência e acreditam que esse movimento soa como represália por suas ações em angariar investidores e participar ativamente da recuperação da Teka.

Apesar de o pedido de falência prever continuidade das operações, o Alumni afirma que, ao contrário da recuperação judicial, a falência não garante manutenção dos empregos ou um plano estruturado para pagamento das dívidas. O Alumni solicitou ao juiz da Vara Regional de Falências e Recuperações Judiciais em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, que desconsiderasse o pedido de falência.

Adicionalmente, o Alumni pede que a PwC receba toda a documentação necessária para iniciar a auditoria. O advogado Pedro Cascaes, da Leiria & Cascaes, não comentou o pedido de falência, mas destacou que o papel do administrador judicial é garantir a transparência e legalidade de todas as ações durante este período crítico para a empresa.

Via Revista Oeste

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