A Marinha do Brasil confirmou a 14ª morte decorrente da queda da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). O corpo da vítima foi encontrado neste sábado, 4, e a tragédia ocorreu no dia 22 de dezembro.
“As equipes de busca e resgate, cumprindo o planejamento diário da operação, localizaram o corpo nas proximidades dos destroços”, informa a Marinha. “Assim, dentre os 17 desaparecidos iniciais, estão confirmados 14 óbitos.” Ainda restam três desaparecidos em razão da queda da ponte.
Operação de regaste
A Marinha aumentou temporariamente a vazão da Usina Hidrelétrica de Estreito para controlar o nível das águas. Essa medida impactou as operações de mergulho e o uso de drones subaquáticos, que agora são restritos ao período entre 9h e 15h.
O acidente também envolveu a queda de três caminhões que transportavam cargas perigosas no rio. Esses veículos continham 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, um produto químico altamente corrosivo.
Risco ambiental com a queda da ponte
A remoção segura dessas substâncias do Rio Tocantins ocorrerá depois que as buscas pelos desaparecidos forem concluídas. Uma empresa especializada em manejo de produtos químicos será responsável por garantir que o processo seja seguro, minimizando o impacto ambiental.
O Ministério dos Transportes formalizou a contratação de um consórcio para reconstruir a ponte, com o objetivo de restabelecer a conexão entre Tocantins e Mato Grosso. A obra, avaliada em R$ 171,9 milhões, será executada pelas empresas A. Gaspar S/A e Arteleste Construções Limitada, com previsão de conclusão até dezembro de 2025.