sexta-feira, novembro 22, 2024
InícioInternacionalSindicato da Samsung na Coreia do Sul declara greve geral

Sindicato da Samsung na Coreia do Sul declara greve geral

Um sindicato que representa dezenas de milhares de funcionários da Samsung Electronics na Coreia do Sul anunciou nesta quarta-feira, 10, uma “greve geral por tempo indeterminado” para obrigar a direção da gigante do setor de tecnologia a negociar aumentos salariais.

A greve, a maior da história da Samsung, ocorre depois de a empresa prever um aumento significativo no lucro operacional do segundo trimestre. A Samsung Electronics, maior fabricante mundial de chips de memória, desempenha papel crucial na produção global de chips avançados para inteligência artificial (IA).

Mais de 5 mil membros do sindicato começaram uma paralisação de três dias na segunda-feira 8, buscando aumentos salariais e outros benefícios. “Declaramos uma segunda greve geral, por tempo indeterminado, a partir de quarta-feira, 10, depois de compreender que a gerência não tem disposição para conversar depois da primeira greve”, afirmou o sindicato, em um comunicado.

Com mais de 30 mil membros, representando mais de 20% da força de trabalho, o sindicato realizou sua primeira greve de 24 horas em junho. A Samsung disse à agência de notícias AFP que a greve não afetará a produção. Avril Wu, analista da TrendForce, afirmou que a greve provavelmente não terá impacto devido à automação das fábricas de semicondutores.

Posicionamento da Samsung e do sindicaro

Fábrica de chips da Samsung na Coreia do Sul
Fábrica de chips eletrônicos da Samsung | Foto: Divulgação/Samsung

“A Samsung Electronics garantirá que não aconteçam interrupções nas linhas de produção”, declarou um porta-voz da empresa. “A empresa continua comprometida em manter negociações de boa-fé com o sindicato”, acrescentou. O sindicato, contudo, afirma que a produção será interrompida e que a direção lamentará.

“No final, eles se ajoelharão e comparecerão à mesa de negociações”, afirmou o sindicato, pedindo mais adesões. “Acreditamos na vitória”. Desde janeiro, a empresa negocia com o sindicato sobre salários e benefícios. As reivindicações incluem aumento salarial de 5,6%, bônus baseados no rendimento, compensações pelas perdas da greve e um dia de folga no aniversário do sindicato.

A Samsung conseguiu evitar a sindicalização por quase 50 anos, às vezes com métodos rígidos, tornando-se a maior fabricante de smartphones e semicondutores do mundo. O fundador Lee Byung-chul, falecido em 1987, se opunha aos sindicatos. Em 2019, o neto e atual presidente Lee Jae-yong declarou o fim do princípio de não sindicalização.

A Samsung Electronics é a principal filial do Samsung Group, maior conglomerado da quarta maior economia asiática.

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui