Além da demissão da pasta dos Direitos Humanos, o agora ex-ministro Silvio Almeida deixa a função de conselheiro de administração da Companhia Distribuidora de gás do Rio de Janeiro (CEG). A remuneração era de R$ 19 mil mensais.
A assembleia da empresa, controlada pela multinacional espanhola Naturgy, admitiu Almeida neste ano. Ele havia sido indicado para a função pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seu mandato ia de 29 de abril de 2024 até 28 de abril de 2025.
Depois da demissão de Almeida, na última sexta-feira, 6, devido a denúncias de assédio sexual, a Naturgy buscou esclarecimentos junto ao BNDES sobre a permanência de Almeida no conselho. O ex-ministro oficialmente nega as acusações.
A empresa declarou que, “em face das notícias veiculadas, solicitou esclarecimentos ao BNDES”. “Tal medida é necessária por tratar-se de representante indicado e eleito pelo Banco ao Conselho da CEG”, escreveu.
Compromisso da Naturgy com a ética
A Naturgy afirmou que tem “compromisso com a ética” e destacou que possui uma política rigorosa de combate ao assédio — expressa em seu código de ética.
“A Naturgy repudia todo e qualquer tipo de violência contra mulheres. A empresa tem hoje 70% da diretoria formada por mulheres e cerca de metade dos quadros de liderança feminina”, informou a companhia.
Em resposta ao jornal O Globo, o BNDES comunicou que Silvio Almeida não permanecerá no conselho, pois sua nomeação tinha vínculo ao cargo de ministro.
Confira a nota do BNDES sobre Silvio Almeida
“Em resposta ao questionamento sobre a participação do ex-ministro Silvio Almeida no conselho da CEG, o BNDES informa que haverá mudança, uma vez que tal representação decorria da condição de ministro. Os procedimentos para a alteração estão sendo providenciados e serão encaminhados conforme os trâmites da Política de Indicação do Sistema BNDES em Colegiados.“