A indústria dos games deixou de ser considerada algo apenas para crianças há muito tempo. E a relevância dela vem aumentando bastante nos últimos anos. Um relatório da empresa holandesa Newzoo mostra que o setor movimentou mais de US$ 180 bilhões em 2023.
Jogar deixou de ser uma atividade apenas para lazer. Tem gente que trabalha com isso, que é atleta de e-sports e que vive quase uma vida paralela. Como mostramos aqui no Olhar Digital, tem grandes empresas que estão abrindo até parques temáticos no ambiente virtual. Ou bandas que fazem shows exclusivos para jogadores online.
Foi o que aconteceu recentemente numa parceria entre Fortnite e o Metallica, um dos maiores grupos de rock do mundo – e da história.
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Essa não foi a primeira experiência do tipo. Antes do Metallica, Fortnite já havia recebido participações especiais de outros grandes artistas, como Ariana Grande e o rapper Eminem.
O game, aliás, deixou de ser um simples battle royale. Desde o ano passado, a Epic Games abriu o leque de opções e existem hoje os modos LEGO (que se parece com Minecraft), Festival (que simula um Guitar Hero) e Rocket Racing (uma corrida que lembra Mario Kart).
E a parceria com o Metallica engloba tudo isso mais uma playlist selecionada pelos próprios músicos.
Como funcionou
- A banda esteve envolvida desde os estágios iniciais do processo de design.
- Eles também foram os responsáveis por definir o set list e contribuíram com imagens de captura de movimento para os desenvolvedores trabalharem nos avatares.
- Como mostra o teaser, existem elementos da banda de rock em todos os modos de jogo.
- No battle royale você tem uma guitarra como arma;
- Já na corrida você tem uma pista exclusiva com várias referências a músicas clássicas da banda.
- Tem ainda bonecos especiais de Lego de cada integrante do grupo, além do show em si, que foi transmitido nos últimos fins de semana.
- Ah, além de tudo isso, a banda assumiu o lugar de Billie Eilish como o artista principal no Fortnite Festival.
O quase Metaverso
O conceito de Metaverso imaginado por Mark Zuckerberg naufragou. Pelo menos no curto prazo. Alguns especialistas, no entanto, ainda acreditam que algo parecido possa dar certo.
E a Epic Games vem mostrando isso com Fortnite. É claro que estamos muito distantes do Jogador Nº 1, de Steven Spielberg. Mas a comunidade de Fortnite já passa muitas horas do seu dia dedicada ao jogo, onde eles podem participar de corridas, construir sua própria casa e conversar com outras pessoas, tudo com o mesmo avatar.
Não estou dizendo que Fortnite terá esse tamanho um dia. Mas é inegável que o modelo rompeu algumas barreiras e deixou de ser apenas um jogo de tiro.
A verdade é que qualquer prognóstico feito hoje será precoce. Ainda mais com a velocidade de lançamento de novas tecnologias. Por enquanto, cabe a nós continuar jogando – agora ao som do Metallica.
As informações são do The Verge.
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