A Shein e Shopee expandiram no Brasil suas áreas de galpões logísticos, usados para o armazenamento e distribuição de mercadorias. No segmento de comércio eletrônico, as duas companhias asiáticas foram as que mais locaram esses espaços nos últimos dois anos no país.
A informação é da empresa de consultoria imobiliária Binswanger. Segundo recente levantamento, Shein e Shopee agora controlam cerca de 13% da área total ocupada por empresas de e-commerce brasileiro.
O cenário as aproxima de gigantes nacionais, como a Americanas e o grupo Casas Bahia. Em 2018, elas ocupavam 70% dessa área, mas agora possuem menos de 20%.
Isso porque a Americanas entrou em recuperação judicial depois de uma fraude contábil, enquanto a Casas Bahia enfrenta dificuldades financeiras e não expande suas operações há dois anos.
Mercado Livre lidera
Nos últimos seis anos, o Mercado Livre tornou-se o maior detentor de galpões no Brasil, com 1,2 milhão de m². Isso representa 40% da área total ocupada — é mais que o dobro da Amazon e do Magalu, que estão na segunda e terceira colocação no ranking.
Recentemente, o Mercado Livre anunciou a abertura de três novos centros de distribuição nos Estado de Pernambuco, Porto Alegre e Brasília. Na última semana, a empresa informou que abrirá mais dois CDs, além dos previstos. Para tanto, irá investir R$ 23 bilhões.
Concorrência
Empresas de varejo e internet ocupam atualmente 4,3 milhões de m² em galpões. Elas ficam atrás apenas do setor de transporte e logística, que utiliza 4,9 milhões de m², de acordo com a Binswanger.
A chegada da Temu ao Brasil pode provocar novas mudanças na ocupação de galpões logísticos. Se a empresa decidir estabelecer pontos de armazenagem no país, o cenário poderá ser redesenhado.
As operações de shopping virtual avançam na ocupação de centros de distribuição. Essas empresas vendem produtos de terceiros, frequentemente armazenados em suas instalações, método que agiliza as entregas. Esse modelo é o principal negócio do Mercado Livre, líder do setor.