A atriz Sharon Stone relembrou, ao Hollywood Reporter, nesta terça-feira (9), que não conseguia trabalhos quando apoiou a luta contra a Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida) na década de 1990. Ela disse que sofreu um boicote após ser convidada para representar a Fundação Americana para Pesquisa da Aids.
A artista aceitou a proposta e foi porta-voz da instituição por cerca de duas décadas. “Eu não conseguia papéis. Não conseguia um emprego. As pessoas me rejeitavam sem que eu soubesse. Eu disputei uma vaga em um filme lindo escrito por um autor — não vou dizer quem era — e nunca nem sequer recebi o roteiro. Até hoje, ele não acredita que eu não li o roteiro dele”, comentou a atriz.
Stone ainda conta que sua assessora de imprensa, na época, a alertou sobre os perigos de se tornar representante da fundação. “Estávamos em uma ruazinha lateral em Cannes, no escuro, e ela disse: ‘Se você fizer isso, vai arruinar sua carreira.’ E eu disse: ‘Eu sei.’ E ela disse: ‘Mas se você não fizer, acho que nunca mais poderia falar com você novamente””, relembrou.
Na mesma entrevista, Sharon Stone também comentou declarações polêmicas defendendo o ator Kevin Spacey, acusado de abuso sexual. Ela defendeu a volta dele a Hollywood e disse que ele “pediu desculpas a todas as pessoas que ofendeu”.
“Há tanto ódio por ele porque, no caso dele, era homem com homem. É por isso que ele não tem permissão para voltar [a trabalhar]: porque ele ofendeu homens“, completou.