Matt Selman, roteirista de “Os Simpsons“, falou em uma entrevista para a Cartoon Base sobre a continuação da série e a teoria de que as histórias contadas na produção predizem os grandes acontecimentos do mundo. A entrevista foi publicada no X (antigo Twitter).
Com a 36ª temporada sendo produzida e a animação se aproximando da marca dos mil episódios, Selman revelou não saber quando vão parar — mas espera que um dia cheguem a um número “infinito” de capítulos.
Entre as teorias criadas no “Os Simpsons” que se concretizaram estão: a eleição de Donald Trump; a vitória da Alemanha na Copa do Mundo de Futebol de 2014; a compra da 20th Century Fox pela Disney; a pandemia de Covid-19; o atentado de 11 de setembro; entre outros grandes acontecimentos da história da humanidade.
Entretanto, Sellman tem outra opinião sobre essas supostas revelações: “se você estudar história, será capaz de ‘prever’ o futuro porque a tolice da humanidade se repete. Se você estuda matemática, sabe que se o programa fizer literalmente milhares de piadas em quase 800 episódios, seria estatisticamente impossível não criar material que se sobrepusesse ao que aconteceria mais tarde na vida real”.
Cartoon Base’s Full Exclusive Q&A with ‘THE SIMPSONS’ showrunner Matt Selman.
Question 1 – Cartoon Base: Do you think the show will reach 1000 episodes?
Matt Selman: If history has been any indication, all attempts to “predict” the end of The Simpsons have been way off. So just… pic.twitter.com/rOeqerx3N5
— Cartoon Base (@TheCartoonBase) May 19, 2024
Para ele, as imagens do elenco da animação também são facilmente falsificadas nos dias de hoje, já que é possível criar os personagens e as falas com ferramentas da inteligência artificial. “Pessoas boas, mas facilmente enganadas, acreditarão porque desejam muito que seja verdade”, disse o roteirista.
Quando perguntado sobre a possibilidade de um novo filme de “Os Simpsons”, Matt revelou que gostaria de produzi-lo, mas um longa requer muito mais trabalho. “Têm quase a mesma quantidade de trabalho que 30 episódios”, disse. E completou: “só precisamos da ideia certa e de um bilhão de horas para torná-la excelente”.