O representante da esquerda na disputa pela presidência da Argentina, Sergio Massa, votou no início da tarde deste domingo, 19, em Tigre, cidade no norte da Província de Buenos Aires.
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Depois de votar, Massa, que é o atual ministro da Economia do país sul-americano, falou brevemente com a imprensa. Ele tentou evitar o clima de disputa contra o deputado liberal Javier Milei. Falou em tom de dar esperança ao povo.
“Estamos iniciando uma nova etapa”, disse Massa, segundo informações do site do jornal Clarín. “É uma eleição que define que país teremos nos próximos quatro anos.”
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Ao deixar o local de votação, o candidato, que representa a esquerda peronista e kirchnerista, reforçou a mensagem.
“Hoje iniciamos uma nova etapa na Argentina”, destacou o candidato esquerdista. “E essa etapa requer, além de boa vontade, inteligência e capacidade, o diálogo e o consenso necessários para que nosso país percorra um caminho muito mais virtuoso ao longo do caminho.”
Sergio Massa e a esquerda que tenta seguir no poder na Argentina
Com Sergio Massa, a esquerda tenta se manter no comando do Poder Executivo da Argentina. Impopular diante da situação socioeconômica do país, o atual presidente argentino, Alberto Fernández, nem tentou a reeleição.
Político de carreira, Massa tem ligação com o poder desde a década passada. Ele já foi prefeito de Tigre, deputado e presidente da Câmara da Argentina, cargo que deixou para, em julho do ano passado, assumir o Ministério da Economia. Durante um ano, de julho de 2008 a julho de 2009, ele foi o chefe de gabinete da então presidente Cristina Kirchner.
“Argentina dá calote em bananeiros da Bolívia e do Paraguai”
Durante a campanha eleitoral, Massa tentou afastar a sua imagem de Fernández e da atual gestão à frente da Casa Rosada. A estratégia de seu em razão dos indicadores nada favoráveis. A Argentina tem 40% da população na pobreza, moeda desvalorizada e inflação que supera os 140% ao ano.
No primeiro turno, Massa superou os demais candidatos a presidente e foi o mais bem votado, com 36% dos votos. Agora, no segundo turno, ele enfrenta a preferência do eleitorado em disputa direta contra Milei, economista liberal que cumpre o primeiro mandato como deputado.