A Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), em colaboração com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), além das secretarias estaduais do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e da Educação (Seduc), participou do seminário intitulado “Contribuições da Comunidade Científica Brasileira para a Temática de Combate à Desertificação”, realizado, na última terça-feira (15), em Recife.
O seminário teve como objetivo articular ações e propostas que serão apresentadas na Conferência das Partes (COP) da Convenção das Nações Unidas sobre Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (UNCCD). As discussões se concentraram no desenvolvimento de soluções científicas e tecnológicas para mitigar os impactos da desertificação no semiárido brasileiro.
Os participantes abordaram temas como articulação científica, implementação de tecnologias sociais e valorização do conhecimento das comunidades tradicionais. Também foi feita uma análise das dinâmicas demográficas que influenciam a região semiárida, destacando a necessidade de estratégias que integrem diferentes setores da sociedade.
Um dos pontos centrais do debate foi a criação de mecanismos de financiamento para incentivar cadeias produtivas voltadas à neutralização da degradação da terra e à preservação dos biomas.
Bruna Iwata, diretora da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais e Planejamento Participativo (Cepro), destacou a relevância dos diálogos. “A susceptibilidade ao processo de desertificação é um desafio real e crescente para os territórios do semiárido, que impacta o desenvolvimento econômico, os serviços ecossistêmicos e a qualidade de vida das pessoas, por isso estamos mapeando atores que podem colaborar e pensar soluções eficientes associadas às tecnologias sociais, reunindo pesquisadores, atores sociais e entes governamentais”, afirmou.
Ao final do seminário, os participantes comprometeram-se a elaborar uma nota técnica a ser enviada aos Ministérios do Meio Ambiente (MMA) e das Relações Exteriores. Este documento, que será apresentado na COP 16, enfatiza a importância de ampliar o diálogo entre os diversos setores da sociedade e a comunidade internacional para enfrentar os desafios impostos pela desertificação.