Na quarta-feira 3, o Senado da Bolívia aprovou o protocolo de adesão do país ao Mercosul. Agora, o texto segue para sanção do presidente Luis Arce.
Se promulgado, a Bolívia participará da próxima reunião como membro pleno do bloco. O encontro será na segunda-feira 8, em Assunção, capital do Paraguai.
A adesão permitirá à Bolívia comercializar diversos produtos entre os países membros com tarifa zero. O país terá quatro anos para implementar toda a regulamentação do Mercosul e consolidar o livre comércio.
O governo Lula comemorou a aprovação no Senado boliviano. “A plena incorporação da Bolívia ao bloco abrirá novas oportunidades para incremento do comércio e dos investimentos, além de possibilidades de aprofundamento da cooperação em temas sociais para os cinco países envolvidos, contribuindo para o crescimento econômico e a prosperidade dos membros”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores, em nota.
A Câmara dos Deputados da Bolívia já havia aprovado o protocolo no dia 14. A adesão foi ratificada por Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil.
A aprovação pelo Senado ocorre uma semana depois de o país enfrentar uma suposta tentativa de golpe de Estado. O ex-comandante do Exército, José Zúñiga, e pelo menos outras 21 pessoas foram presas.
Argentina acusa Bolívia de fazer ‘denúncia falsa’ de golpe
O governo da Argentina acusou o presidente da Bolívia, Luis Arce, de fazer uma “denúncia falsa de golpe de Estado” na última quarta-feira, 26. A Casa Rosada divulgou comunicado a respeito no último domingo, 30.
A Presidência da Argentina declarou que “repudia a denúncia falsa de Golpe de Estado realizada pelo governo da Bolívia”. O governo do presidente argentino, Javier Milei, também afirmou ter sido “confirmou como fraude” o episódio.
“Graças ao relatório de inteligência, o governo nacional manteve a calma e a serenidade diante dos episódios anunciados”, diz o texto da Casa Rosada. “O relato era pouco convincente e os argumentos não encaixavam no contexto sócio-político do país latino-americano.”
A gestão de Javier Milei ainda acusou o partido do presidente boliviano, Movimento ao Socialismo (MAS), de comandar o Executivo, o Legislativo, o Judiciário e as Forças Armadas do país.