Na quarta-feira 8, a Comissão do Esporte do Senado aprovou a convocação de Anielle Franco, ministra de Igualdade Racial, para detalhar o protocolo que visa combater o racismo e a ampliar a promoção da igualdade racial no futebol.
O documento proposto por Anielle havia sido assinado pelos ministérios da Igualdade Racial e do Esporte, juntamente com a Confederação Brasileira de Futebol, em 24 de setembro. Na data, a ministra usou avião da Força Aérea Brasileira para ir de Brasília à capital paulista, onde assistiu diretamente do Estádio do Morumbi à final da Copa do Brasil, que foi disputada entre São Paulo e Flamengo.
Além disso, no mesmo evento esportivo, a então assessora Marcelle Decothé postou em seu perfil no Instagram mensagens ofensivas aos paulistas e aos torcedores. Ela acabou exonerada da função.
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O requerimento pela presença de Anielle na comissão foi realizado pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ). O parlamentar pede informações detalhadas sobre o protocolo e seu processo de implementação.
Objetivo do requerimento acerca do protocolo de Anielle Franco
“Consta do próprio protocolo, que o seu objetivo é empregar os esforços necessários para combater o racismo e promover a igualdade racial”, afirma Portinho, em trecho de seu requerimento. “No âmbito do futebol; bem como, em um contexto mais amplo, instrumentalizar o futebol para combater o racismo na sociedade.”
“Nessa linha, faz-se de suma importância conhecer as ações concretas que o Ministério da Igualdade Racial está planejando para concretização desse objetivo (combate ao racismo no esporte”, afirma Portinho, em outra parte do pedido da convocação da ministra de Igualdade Racial do governo Lula.
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Diretrizes do documento de Anielle
Confira, abaixo, os principais tópicos do documento assinado por Anielle Franco — e que comissão do Senado quer entender e saber se estão sendo implementados pelo governo federal:
- promover campanhas de conscientização com vistas à prevenção e combate de práticas de racismo no futebol;
- reforçar o papel estratégico do futebol para a superação do racismo na sociedade brasileira;
- aprimorar os canais de denúncia contra práticas de racismo no futebol, bem como os fluxos de encaminhamento e tratamento dos atos denunciados;
- apoiar ações de acolhimento e apoio psicossocial e jurídico a vítimas de racismo no futebol, no cenário nacional e internacional;
- estimular oportunidades de formação que promovam a inclusão racial nas diferentes áreas de atuação profissional do futebol, especialmente em funções relacionadas à formação e preparação de atletas; e
- apoiar a busca pela equidade racial na composição de conselhos, comitês e demais órgãos colegiados da administração das entidades do futebol.
Confira a íntegra do projeto
Estêvão Júnior é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Anderson Scardoelli.