sexta-feira, novembro 22, 2024
InícioCiência e tecnologiaSenado avança pelo retorno do DPVAT; decisão final pode sair hoje

Senado avança pelo retorno do DPVAT; decisão final pode sair hoje

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta terça-feira (7) um novo seguro obrigatório para veículos, semelhante ao antigo Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT).

A principal diferença é o nome. Em vez de DPVAT, ele vai se chamar SPVAT, de Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidente de Trânsito.

Leia mais

O texto aprovado determina que a contratação do seguro será obrigatória e anual para todos os proprietários de veículos terrestres automotores, como carros, motos, ônibus e caminhões.

Se não pagar o DPVAT, o motorista não vai conseguir fazer o licenciamento nem uma transferência do veículo ou a baixa de registro dele.

Segundo o relator da proposta, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), um estudo do Ministério da Fazenda estima que a tarifa deve ficar entre R$ 50 e R$ 60.

Depois de passar pela CCJ, o texto precisa agora ser aprovado pelo plenário do Senado. A previsão é que isso ocorra hoje à tarde, a partir das 14h, quando a sessão terá início.

A oposição, porém, resiste. Se o governo não conseguir maioria nos bastidores, a tendência é de um novo adiamento da votação.

Caso a proposta passe, ela vira lei, uma vez que o texto já tramitou também pela Câmara. Nesse caso, a cobrança deve voltar a ocorrer em 2025.

Imagem: Freepik

Para que serve o SPVAT

  • Assim como o DPVAT, o novo seguro tem como função indenizar vítimas de acidentes de trânsito em todo o território nacional.
  • É uma espécie de proteção ao motorista, principalmente àquele que não tem condições de pagar um seguro próprio e privado.
  • O SPVAT poderá pagar indenizações a vítimas de acidentes em casos de morte e invalidez permanente, total ou parcial
  • Ele também pode reembolsar despesas com assistência médica, como fisioterapia, medicamentos e equipamentos ortopédicos, e serviços funerários.
  • Quem vai definir o valor da indenização será o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).
  • A gestão do seguro será feita pela Caixa Econômica Federal, por meio de um fundo.
Trânsito em São Paulo
Imagem: Alf Ribeiro/Shutterstock

Um breve histórico do DPVAT

Criado em 1974, o DPVAT foi cobrado dos motoristas de forma ininterrupta até 2021, quando foi extinto pelo governo Bolsonaro. Foi nessa época também que o saldo remanescente da arrecadação do seguro passou a ser responsabilidade da Caixa.

Antes, quem cuidava desse dinheiro era um consórcio de empresas privadas, capitaneado pela Seguradora Líder.

Vale destacar que, apesar da extinção, o governo continuou pagando indenizações às vítimas de acidentes de trânsito. Isso porque havia um saldo excedente em torno de R$ 4,3 bilhões.

Mas a fonte secou. Em novembro do ano passado, o saldo desse fundo zerou e o pagamento das indenizações foi suspenso. Por isso o governo Lula quer retomar a cobrança.

De acordo com o senador Jaques Wagner, a ideia não é aumentar a arrecadação federal, mas sim retomar o pagamento das indenizações a quem precisa.

Prova disso, segundo ele, é o valor do novo seguro: de até R$ 60, ou seja, muito abaixo do que era antes, entre R$ 100 e R$ 200.

O parlamentar explica que não existe “gordura”, e que o valor integral terá como destino as vítimas e os estados e municípios, que poderão usar os recursos para investimento em transporte público coletivo.

As informações são da Agência Senado.

Via Olhar Digital

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui