A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior solicitou que o Supremo Tribunal Federal (STF) avalie um novo depoimento à Polícia Federal (PF).
O militar foi alvo da operação Tempo da Verdade, que investiga a tentativa de golpe de Estado. Ronald foi convocado a depor à PF no dia 22 de fevereiro junto com outros investigados, mas, na ocasião, permaneceu em silêncio.
O investigado já tinha pedido à PF, no dia 13 de março, para fazer um novo depoimento, alegando que o militar estava disposto a colaborar com a autoridade policial.
Segundo a defesa, a PF respondeu que não havia previsão para uma nova audiência e entraria em contato com os advogados se fosse necessário.
Os advogados insistiram em um segundo pedido em 25 de março. Como não houve resposta, os advogados protocolaram, nesta quarta-feira (3), um pedido para o relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, para que ele avalie se deve ser marcado um novo depoimento.
Nas investigações, o tenente-coronel é apontado como uma das pessoas próximas ao ex-ajudante de ordens e também tenente-coronel Mauro Cid. Ele também teria participado da discussão sobre termos de uma minuta para um golpe de Estado.
O advogado afirmou que o militar conhecia Mauro desde que cursaram juntos a escola militar e tinham uma relação de amizade, mas defendeu que de “maneira alguma ele participou de qualquer forma para alguma ação ou alguma ideia para atentar contra o Estado Democrático de Direito”.
Além de Lissandro Sampaio, assina também o pedido ao STF o advogado João Carlos Dalmagro.
Essa é a segunda defesa, nesta semana, que apresenta mudança na estratégia.