A Secretaria de Educação de Santa Catarina decidiu retirar nove livros da rede pública de ensino sem justificativa.
O Ministério Público do estado foi acionado a respeito da medida por um vereador de Florianópolis sob alegação de censura já que as obras tratam sobre regimes totalitários, nazismo, sexualidade e terror.
Segundo o ofício ao qual a CNN teve acesso, o supervisor regional de educação de Florianópolis, Waldemar Ronssem Júnior, enviou um documento para a rede pública determinando a retirada de circulação dos nove livros.
De acordo com o documento, os livros devem ser “armazenados em local não acessível à comunidade escolar”, e informou que novas orientações seriam enviadas em breve.
Confira os livros proibidos de circulação nas escolas de Santa Catarina pela Secretaria de Educação:
- A Química entre Nós, por Larry Young e Brian Alexander
- Coração Satânico, de William Hjortsberg
- Donnie Darko, de Richard Kelly
- Ed Lorraine Warren: Demonologistas – Arquivo sobrenaturais, de Gerald Brittle
- Exorcismo, de Thomas B. Allen
- It: A Coisa, de Stephen King
- Laranja Mecânica, de Anthony Burgess
- Os 13 Porquês, de Jay Ascher
- O Diário do Diabo: Os segredos de Alfred Rosenberg, o maior intelectual do nazismo, de Robert K. Wittman e David Kinney
No ofício circular, no entanto, não nenhuma informação que justifique ou dê motivos para que os livros sejam retirados de circulação.
O vereador Leonel Camasão (PSOL), de Florianópolis, pediu ao Ministério Público de Santa Catarina para que o caso seja apurado. Segundo o documento protocolado, o político apontou que o ato é considerado “tal ato ilegal e de censura, envio esta manifestação ao MPSC para que tome as devidas providencias”. O pedido foi enviado para a Ouvidoria do órgão.
Leia o documento que ordena a retirada dos livros:
Em nota, a Secretaria de Educação informou que os livros não estão sendo retirados das bibliotecas e, sim, “redistribuídos, buscando melhor adequar as obras literárias às faixas etárias das diferentes modalidades oferecidas na rede estadual de educação”.
A CNN entrou em contato com o Ministério Público de Santa Catarina e aguarda retorno.
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