O cientista político Antonio Lavareda disse, nesta quarta-feira (31), que o segundo turno em eleições municipais favorece a politização ao nível nacional.
“Desde há muito, nas eleições municipais, nós sempre falávamos o seguinte: ‘Algumas eleições vão ser mais nacionalizadas ou menos nacionalizadas’. Isso nós falávamos em 2008, 2012, 2016, e isso era o equivalente à tal polarização à época”, explicou Lavareda.
“E a existência do segundo turno nas eleições municipais, como nas eleições majoritárias gerais, para governador e presidente da República, ela favorece bastante a politização em termos nacionais das disputas municipais”, prosseguiu.
Pela primeira vez, é possível que 100 cidades superem os 200 mil eleitores e, a partir disso, tenham a possibilidade de segundo turno.
Na opinião de Lavareda, o primeiro turno servirá para a avaliação dos atuais mandatários das cidades e das questões locais.
“Em poucos municípios, principalmente nos grandes e nos principais centros do país, nós vamos notar uma politização na clave nacional, o que hoje se denomina polarização. Mas isso não vai ser presente na grande maioria dos municípios brasileiros”, cita o cientista político.
*Publicado por Douglas Porto
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