sexta-feira, novembro 22, 2024
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“Segunda lua” da Terra tem origem descoberta

Um estudo recente revelou que o misterioso asteroide conhecido como Kamo’oalewa, descoberto em 2016 e apelidado de “segunda lua” da Terra, pode ter sua origem ligada ao nosso próprio satélite natural, a Lua.

Sob a liderança do astrônomo Yifei Jiao, da Universidade Tsinghua, na China, uma equipe de pesquisadores buscou desvendar as origens de Kamo’oalewa. Através de meticulosas simulações numéricas e análises, eles identificaram uma fonte potencial: a cratera Giordano Bruno, no lado distante da Lua.

O que distingue Kamo’oalewa dos típicos asteroides próximos da Terra é sua notável semelhança com a superfície lunar tanto em refletividade quanto em cor. Essa distinção, combinada com sua distância variável da Terra ao longo de séculos, tornou-o um assunto de estudo fascinante.

Kamo’oalewa e a cratera Giordano Bruno da Lua

  • O estudo, publicado na Nature, mergulha nos processos complexos por trás de fragmentos lunares induzidos por impactos migrando para o espaço co-orbital da Terra.
  • Ao comparar as propriedades de Kamo’oalewa com as da cratera Giordano Bruno, os pesquisadores apresentam evidências convincentes ligando o asteroide às suas origens lunares.
  • Uma percepção chave da análise é a rápida rotação de Kamo’oalewa, indicando uma estrutura sólida e monolítica.
  • Isso sugere que ele foi escavado como uma única entidade, em vez de um monte fragmentado de detritos — uma pista crucial para rastrear suas origens até um evento de impacto lunar.
  • Entre a seleção limitada de crateras lunares que atendem aos critérios de tamanho e idade, Giordano Bruno emerge como o candidato mais promissor.
  • Com suas dimensões e composição alinhando-se de perto com as de Kamo’oalewa, a cratera apresenta um caso convincente como o local de nascimento do asteroide.

A formação de Kamo’oalewa

(Imagem: Space Reference / Reprodução)

O período de formação de Kamo’oalewa é limitado pela vida útil dos asteroides próximos da Terra, estimada em cerca de 100 milhões de anos. Além disso, a ausência de detritos esperados do impacto implica uma faixa de idade de 10 a 100 milhões de anos para o asteroide.

Simulações sugerem que o impacto de um asteroide com aproximadamente 1,66 quilômetros de diâmetro poderia ter ejetado até 400 fragmentos do tamanho de Kamo’oalewa da Giordano Bruno. Embora a maioria desses fragmentos tenha deixado o espaço co-orbital da Terra dentro de 10 milhões de anos, exceções raras poderiam persistir, potencialmente explicando a presença de Kamo’oalewa.

A perspectiva de mais exploração aguarda, à medida que missões futuras prometem revelar mais segredos escondidos em nosso satélite natural. Meteoritos lunares ligados à cratera Giordano Bruno e a iminente missão Tianwen-2 pela Administração Espacial Nacional da China oferecem esperança para uma compreensão mais profunda das origens de Kamo’oalewa e dos mistérios que ela guarda.

Via Olhar Digital

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