Sebastião Coelho, ex-desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJ-DFT), juntou-se à defesa do ex-assessor de Assuntos Internacionais Filipe Martins. Este último trabalhou no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Agora, Sebastião Coelho trabalhará ao lado do advogado Ricardo Scheiffer e substituirá o advogado João Vinicius Manssur.
Filipe Martins foi preso na Operação Tempus Veritatis, em 8 de fevereiro, sob a falsa alegação de ter viajado para os Estados Unidos em 2022. Entretanto, conforme apurou Oeste, Filipe Martins jamais saiu do Brasil naquela data.
Advogado de outros réus do 8 de janeiro de 2023, Sebastião Coelho renunciou, em 2022, à vice-presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, em protesto à posse de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral.
Filipe Martins: “Não haverá delação, pois não há o que delatar”
Nesta sexta-feira, 5, o ex-assessor negou os boatos de que faria uma delação premiada. Ele rejeitou o que classificou como criação de novas narrativas apenas para ganhar abonos.
“Não haverá delação, pois não há o que delatar”, disse Filipe Martins. “Não vou inventar uma história porque alguém quer ouvi-la. Como dizia Sócrates: é preferível sofrer uma injustiça do que cometer uma para se livrar de outra.”
Ex-assessor sempre esteve no país
A companhia aérea Latam já confirmou, em nota e em ofício encaminhado a Alexandre de Moraes, que o ex-assessor viajou de Brasília para Curitiba no dia seguinte àquele em que Bolsonaro viajou para Orlando, na Florida. Para a defesa, isso mostra sua permanência no país, ao contrário da acusação.
Em sucessivos pareceres, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já declarou serem “fracas” as provas utilizadas pela Polícia Federal para alegar que Filipe Martins teria fugido do país.