A Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou nesta segunda-feira (9) o sucesso da primeira reentrada controlada de um satélite na atmosfera da Terra.
O instrumento da missão Cluster encerrou seus serviços após 24 anos de pesquisa e seu retorno forneceu dados sobre como os objetos se desintegram na atmosfera e trouxe soluções para o recolhimento desses satélites, evitando o lixo espacial.
O instrumento caiu em uma área remota do Oceano Pacífico Sul, a oeste do Chile, mas não é esperado que muito de seus 550 quilos sobreviva à queda, pois os fragmentos entram na atmosfera da Terra pegando fogo.
A missão Cluster da ESA foi pioneira nos estudos do campo magnético terrestre — a magnetosfera — e os ventos solares, permitindo a maior compreensão sobre o escudo do nosso planeta. Os dados obtidos pelos satélites foram essenciais no avanço da exploração espacial dos últimos 24 anos.
Os outros três instrumentos da missão ainda em órbita e farão sua reentrada controlada entre 2024 e 2026 sob diferentes condições de clima espacial para permitir estudos de como os satélites se desintegram na atmosfera.
Uma manobra como essa tem que ser planejada com anos de antecipação para que a rota dos satélites sejam ajustadas. Os aparelhos têm que ser alinhados a uma região geográfica limitada para reentrar na atmosfera em um momento determinado e minimizar a criação de detritos espaciais.
O objetivo da ESA é criar soluções para o problema do lixo espacial, mostrando que há a possibilidade de retornar os satélites de missões mais antigas para a Terra.
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