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Satélite europeu vai cair na Terra na próxima semana

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, um satélite da Agência Espacial Europeia (ESA), que ficou 16 anos em operação na órbita baixa da Terra, é esperado para “cair” no planeta neste mês. Agora, já se tem uma ideia de quando isso deve acontecer.

De acordo com um comunicado da agência, atualmente, a expectativa é que a espaçonave ERS-2 (sigla para “segundo satélite europeu de teledetecção”) faça uma reentrada na atmosfera da Terra na próxima terça-feira (20), às 21h24 (pelo horário de Brasília) – com uma margem de erro de um dia e meio para mais ou para menos.

Como a reentrada não pode ser controlada (por isso é chamada de “natural”), a previsão de quando o satélite atingirá o planeta não é precisa e vai se tornando mais fiel conforme ele se aproxima.

A ESA estima que o maior fragmento do satélite que poderia chegar ao solo seria de cerca de 52 kg, e as chances de um pedaço cair na cabeça de alguém é de uma em um bilhão. Considerando que 71% da superfície da Terra é água, é provável que o que sobrar da queima na atmosfera mergulhe em algum lugar do globo.

A agência explica que o satélite começará a se desintegrar quando estiver a cerca de 80 km acima da superfície terrestre, com a maioria dos fragmentos queimando completamente na atmosfera.

Satélite desativado da ESA deixa legado para futuras espaçonaves

O satélite ERS-2 foi lançado em 1995, com a função de coletar dados cruciais sobre mudanças climáticas e o meio ambiente. A espaçonave é equipada com uma variedade de instrumentos avançados, como radar de abertura sintética, altímetro de radar e sensores para medir temperatura da superfície oceânica e ventos marítimos – tendo proporcionado uma visão sem precedentes da Terra. 

Além disso, sua capacidade de monitorar desastres naturais, como inundações e terremotos, foi fundamental para alertar e ajudar comunidades em todo o mundo em momentos críticos ao longo dos anos.

Com o término de sua vida útil em 2011, a ESA iniciou o processo de aposentadoria do ERS-2, preparando-o para seu último grande ato: reentrar na atmosfera terrestre e se desintegrar. Esse procedimento é importante para garantir que o satélite não se torne lixo espacial, reduzindo assim os riscos de colisões com outros objetos em órbita.

O legado do ERS-2 vai além dos dados que coletou. Ele pavimentou o caminho para o desenvolvimento de futuras missões espaciais, fornecendo tecnologias e conhecimentos essenciais para satélites meteorológicos, missões de pesquisa científica e outros programas de observação da Terra.

Seu radar, por exemplo, foi um precursor dos sistemas usados em missões como o satélite Copernicus Sentinel-1, enquanto seu altímetro de radar ajudou a influenciar o sensor da missão CryoSat Earth Explorer, crucial para mapear mudanças na espessura do gelo polar.

Atualmente, o satélite ERS-2 está em fase de decaimento orbital, impulsionado principalmente pela atividade solar. A ESA, juntamente com parceiros internacionais, está monitorando de perto a movimentação da espaçonave, fornecendo atualizações regulares sobre o processo neste link. 

É importante reconhecer o papel vital desse satélite europeu desativado na ampliação de nosso entendimento sobre a Terra e as mudanças do planeta. Seu legado continuará a inspirar e informar futuras gerações de cientistas e pesquisadores, à medida que enfrentamos os desafios ambientais da atualidade.

Via Olhar Digital

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