sexta-feira, novembro 22, 2024
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Satélite desativado é fotografado no espaço antes de cair na Terra

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, um satélite da Agência Espacial Europeia (ESA), que ficou 16 anos em operação na órbita baixa da Terra, é esperado para “cair” no planeta esta semana.

Vamos entender:

  • Um satélite europeu alcançou o término de sua vida útil em 2011;
  • A espaçonave foi então aposentada pela ESA, que iniciou o processo de deórbita;
  • Ao longo dos anos, o satélite ERS-2 vem executando uma série de manobras nesse sentido;
  • A agência prevê que ele caia na Terra esta semana;
  • Imagens de uma empresa de monitoramento de satélites mostram o equipamento a caminho.

Enquanto passa pelo processo de decaimento orbital, a espaçonave ERS-2 (sigla para “segundo satélite europeu de teledetecção”) foi fotografada pela empresa australiana de imagens de monitoramento de satélites HEO Robotics. Os registros foram compartilhados pela ESA no X (antigo Twitter) nesta segunda-feira (19).

Na mais recente atualização, a agência estima que o equipamento deva fazer a reentrada na atmosfera na quarta-feira (21), às 8h14 da manhã (pelo horário de Brasília) – com uma margem de erro de 15 horas para mais ou para menos.

Como a reentrada não pode ser controlada (por isso é chamada de “natural”), a previsão de quando o satélite atingirá o planeta não é precisa e vai se tornando mais fiel conforme ele se aproxima.

A ESA estima que o maior fragmento do satélite que poderia chegar ao solo seria de cerca de 52 kg, e as chances de um pedaço cair na cabeça de alguém é de uma em um bilhão. Considerando que 71% da superfície da Terra é água, é provável que o que sobrar da queima na atmosfera mergulhe em algum lugar do globo.

Satélite desativado da ESA deixa legado para futuras espaçonaves

O satélite ERS-2 foi lançado em 1995, com a função de coletar dados cruciais sobre mudanças climáticas e o meio ambiente. A espaçonave é equipada com uma variedade de instrumentos avançados, como radar de abertura sintética, altímetro de radar e sensores para medir temperatura da superfície oceânica e ventos marítimos – tendo proporcionado uma visão sem precedentes da Terra.

Além disso, sua capacidade de monitorar desastres naturais, como inundações e terremotos, foi fundamental para alertar e ajudar comunidades em todo o mundo em momentos críticos ao longo dos anos.

Com o término de sua vida útil em 2011, a ESA iniciou o processo de aposentadoria do ERS-2, preparando-o para seu último grande ato: reentrar na atmosfera terrestre e se desintegrar. Esse procedimento é importante para garantir que o satélite não se torne lixo espacial, reduzindo assim os riscos de colisões com outros objetos em órbita.

O legado do ERS-2 vai além dos dados que coletou. Ele pavimentou o caminho para o desenvolvimento de futuras missões espaciais, fornecendo tecnologias e conhecimentos essenciais para satélites meteorológicos, missões de pesquisa científica e outros programas de observação da Terra.

Seu radar, por exemplo, foi um precursor dos sistemas usados em missões como o satélite Copernicus Sentinel-1, enquanto seu altímetro de radar ajudou a influenciar o sensor da missão CryoSat Earth Explorer, crucial para mapear mudanças na espessura do gelo polar.

A ESA, juntamente com parceiros internacionais, está monitorando de perto a movimentação da espaçonave, fornecendo atualizações regulares sobre o processo neste link. 

É importante reconhecer o papel vital desse satélite europeu desativado na ampliação de nosso entendimento sobre a Terra e as mudanças do planeta. Seu legado continuará a inspirar e informar futuras gerações de cientistas e pesquisadores, à medida que enfrentamos os desafios ambientais da atualidade.

Via Olhar Digital

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