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Satélite da NASA registra sonda Odysseus na superfície da Lua

Na última quinta-feira (22), às 20h23 (pelo horário de Brasília), os EUA pousaram na Lua novamente mais de 50 anos após a última vez. Isso graças à missão IM-1, da Intuitive Machines, responsável pela sonda robótica Nova-C (nesta versão, chamada de Odysseus).

Como previsto, o módulo de pouso de 4,3 metros de altura fez a alunissagem perto da cratera Malapert A, a cerca de 300 km do polo sul lunar, no lado do satélite voltado para a Terra, tornando-se a primeira espaçonave privada da história a pousar na Lua. 

Isso demorou cerca de 15 minutos para ser confirmado, devido a uma falha inicial de comunicação pós pouso. Depois, descobriu-se que esse atraso foi causado pela posição das antenas transmissoras do equipamento, que não estão na direção da Terra porque a sonda tombou ao pousar (saiba mais aqui).

No sábado (24), dois dias depois de chegar à superfície lunar, Odysseus foi observado pelo satélite Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, que sobrevoava o local de pouso a uma altitude de cerca de 90 km.

Lançado em 18 de junho de 2009, o LRO vem coletando um tesouro de dados com seus sete poderosos instrumentos, fazendo uma contribuição inestimável para o nosso conhecimento sobre a Lua. 

NASA, em comunicado

O que a missão IM-1 levou até a Lua

A missão IM-1 foi projetada para posicionar o lander Nova-C próximo à cratera de impacto Malapert A, localizada a dez graus de latitude do polo sul da Lua – região de muito interesse para cientistas e entusiastas da exploração lunar, pois acredita-se que contenha grandes quantidades de gelo de água.

O módulo de pouso Odysseus transporta seis instrumentos científicos da NASA, por meio do programa Serviços Comerciais de Carga Útil Lunar (CLPS) da agência, que busca aproveitar pousos robóticos privados para coletar dados científicos que contribuirão para o estabelecimento de uma presença humana duradoura na Lua, como parte do programa Artemis.

Os instrumentos da agência incluem um sensor de descida e pouso baseado em laser, um sistema de câmeras para detalhar a pluma gerada pelo pouso lunar de Odysseus e um novo “medidor de combustível da era espacial”, que vai utilizar sensores para medir o propelente remanescente nos tanques do módulo de pouso, uma tarefa desafiadora no ambiente de microgravidade. 

Conforme consta no site da empresa, a carga também conta com outros seis experimentos independentes.Se bem-sucedido, o pouso de Odysseus pode contribuir para os avanços na exploração lunar já alcançados por iniciativas governamentais da Rússia (na época da União Soviética), EUA, China, Índia e, mais recentemente, Japão.

Sobre o local de pouso

Malapert A foi o segundo local escolhido para a missão. A primeira opção era o Oceanus Procellarum, a maior planície basáltica lunar, que também é um potencial local de pouso para o programa Artemis.

No ano passado, no entanto, a Intuitive Machines mudou o local de pouso para Malapert A devido a preocupações sobre contaminar a região se o Odysseus caísse. Além disso, como é relativamente plana, Malapert A, portanto, é uma área considerada segura para pousar.

Sobre a duração da missão

Espera-se que a missão IM-1 dure cerca de meio dia lunar, que equivale a mais ou menos sete dias terrestres.

A região de pouso atinge mais de 100 graus Celsius durante o dia, então, espera-se que os radiadores embutidos na espaçonave a protejam de ficar muito quente.

No entanto, o módulo de pouso lunar não pode sobreviver a uma noite fria na Lua porque não há aquecedores a bordo para manter sua eletrônica em temperatura de operação. Os cientistas esperam que as observações continuem enquanto a bateria aguentar, até algumas horas após o pôr do Sol.

Via Olhar Digital

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