São Paulo registrou 3.482 focos de incêndio até domingo 25 e, com isso, estabeleceu um recorde para o mês desde o início da série histórica do Inpe em 1998, realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os focos de incêndio são dez vezes superiores aos do mesmo período de 2023, conforme relata o Poder360, quando foram registrados 343 casos. Em agosto, as queimadas já representam 65% do total anual no Estado, que acumula 5.280 registros desde janeiro.
São Paulo ocupa a quinta posição entre os Estados com mais incêndios em agosto de 2024, atrás de Mato Grosso, Pará, Amazonas e Mato Grosso do Sul. As queimadas em território paulista representam 7% do total nacional neste mês.
Entre os dias 22 e 24 de agosto, foram registrados 2.621 focos de incêndio em apenas 48 horas, outro recorde. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) criou um gabinete de crise e sobrevoou as áreas mais afetadas.
As queimadas tiveram início em 22 de agosto e afetaram cerca de 25 cidades. Na manhã desta segunda-feira, 26, não havia focos ativos, mas 48 cidades permanecem em alerta máximo.
Informações do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Defesa Civil indicam que todas as rodovias interditadas foram liberadas no domingo 25. Três prisões foram efetuadas em São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira, por suspeita de incêndio criminoso.
Investigação sobre incêndios criminosos
Em nota, o Governo de São Paulo informou que a Polícia Civil investiga todas as ocorrências de incêndio criminoso no Estado.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou no domingo que há fortes suspeitas de ação intencional nos incêndios em São Paulo. Ela negou falhas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na prevenção das queimadas.
Segundo a ministra, a Polícia Federal tem 31 inquéritos para investigar incêndios na Amazônia, 29 no Pantanal e dois em São Paulo. Eles foram abertos depois das recentes queimadas.