O São Paulo montou uma força-tarefa para reduzir as dívidas a partir de 2025. Contudo, sob a gestão Julio Casares, os débitos do clube aumentaram em 20% no último ano.
De acordo com o Relatório Convocados, produzido pela Consultoria Convocados em parceria com a Galapagos Capital e a Outfield, a dívida do Tricolor fechou em R$ 856 milhões em 2023.
No ano em questão, o São Paulo teve alto faturamento em premiações. Somente pelo título da Copa do Brasil, o clube arrecadou R$ 88 milhões. O faturamento total foi de aproximadamente R$ 680 milhões, com um déficit de R$ 62,2 milhões.
Em 2022, a dívida do Tricolor era de R$ 716 milhões. Isso significa que os débitos aumentaram em R$ 140 milhões.
O clube estará praticamente “proibido” de aumentar as dívidas a partir de 2025. Isso porque foi aprovada a criação do “Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios São Paulo Futebol Clube”, que visa controlar a vida financeira do Tricolor.
A proposta para redução das dívidas prevê uma série de gatilhos no projeto, aprovado com mais de 80% de votos favoráveis no Conselho Deliberativo.
Alguns exemplos destes gatilhos são: teto de gastos para investimento no futebol, obrigatoriedade de superávit anual e redução de despesas com salários na administração do clube. A intenção é assegurar a disciplina financeira para tornar o clube saudável a longo prazo.
Existe uma parceria com duas empresas de investimento (Galapagos Capital e OutField), que participaram da idealização do projeto e também produzem o Relatório Convocados. Investidores poderão aplicar em cotas do fundo, e recebíveis como verbas de direitos de transmissão, naming rights, patrocínios e outras fontes de renda serão usadas como garantias para os investidores.