O governo do Estado de São Paulo criou, nesta terça-feira, 14, a lei que adota o dia 9 de novembro como o Dia Estadual contra o Fascismo e o Antissemitismo. A proposta teve como autores os deputados estaduais Bruno Zambelli (PL) e Oseias de Madureira (PSD).
O texto foi sancionado pelo vice-governador Felício Ramuth (PSD), no momento governador em exercício. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) está em Nova York, em encontros com empresários interessados no leilão de privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
A Oeste, Ramuth lembrou que esta não é a primeira iniciativa do governo estadual no combate ao discurso de ódio contra Israel e os judeus. No dia 15 de março, São Paulo aderiu à definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Recordação do Holocausto (IHRA).
Data lembra a Noite dos Cristais
O Parlamento Europeu já havia instituído o mesmo dia para a lembrança desta causa no continente. No dia 9 de novembro de 1938, na Alemanha nazista, ocorreu a Noite dos Cristais, quando a população e tropas alemãs destruíram casas e estabelecimentos comerciais de judeus.
Eles também incendiaram sinagogas e atacaram cidadãos de origem judaica por todo o país. Foi o prenúncio do Holocausto, iniciado meses depois com a Segunda Guerra Mundial e que levou à morte cerca de 6 milhões de judeus, entre outras tantas vítimas.
No texto, o deputado Oseias de Madureira afirmou que a máquina de morte do Holocausto teve início antes das deportações, campos de concentração e câmaras de gás.
O verdadeiro início, ressalta Madureira, ocorreu por meio do discurso de ódio e da propagação de preconceitos, orquestrada pela propaganda do governo de Adolf Hitler. “O combate ao antissemitismo não pode ser relativizado.”
Ramuth acrescentou outra iniciativa realizada em 2023 no Estado, que transformou em lei a proibição de as escolas negarem a existência do Holocausto. “Foi mais um ato da atual gestão para esclarecer e informar sobre essa triste passagem da história mundial.”