Sairei de debatedor e passarei a ser moderador, é o que diz o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), em entrevista à CNN, nesta quinta-feira (7), após ser escolhido como presidente da Comissão de Educação da Câmara.
“Eu acredito que foi uma indicação técnica. A indicação de alguém que está realizando um trabalho, que tem representatividade e eu tenho certeza que eu saio um pouco de debatedor e passo a ser um moderador, porque acredito que os papéis são diferentes”, afirmou Nikolas.
“E diferentemente da democracia relativa, terá democracia na nossa comissão”, prosseguiu.
O parlamentar foi alvo de críticas de congressistas aliados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Governistas tentaram, sem sucesso, adiar e impedir a votação. O placar foi de 22 votos a favor e 15 em branco.
A Comissão de Educação também foi disputada pelo PT, que negociou um acordo para poder indicar o vice-presidente do colegiado – o que ainda não foi feito pela sigla. Em troca, o PL poderá indicar o vice da Comissão de Saúde, que será comandada pelo deputado Dr. Francisco (PT-PI).
Na opinião do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, Nikolas hoje é presidente do “seu celular e do seu mandato”.
“A partir de agora ele vai ser presidente de um colegiado, de uma Comissão de Educação, que não é ser presidente do seu celular e do seu mandato. Eu torço para que ele compreenda isso e possa trabalhar enquanto colegiado nessa comissão para manter o alto nível que sempre teve a Comissão de Educação da Câmara”, declarou Padilha à CNN.
O ministro ainda diz que seria muito ruim que o colegiado se transformasse “num palco de lacração”.
“Ele é presidente de um colegiado, tem uma história, a comissão de educação, que tem de ter respeito entre os parlamentares, respeito no debate, para boa condução”, finalizou.
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