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A missão de mapear e rastrear a poluição global de metano, poderoso gás do efeito estufa, está programada para ser lançada nesta segunda-feira (4) após anos de colaboração entre alguns dos maiores nomes da tecnologia.
O satélite MethaneSAT, apoiado por Jeff Bezos, Google e SpaceX, entre outros, será lançado hoje da Base da Força Espacial Vandenberg, na Califórnia, a bordo do foguete Falcon 9, da SpaceX.
- A poluição por metano é responsável por cerca de 30% do aquecimento global, que está elevando o nível do mar e causando desastres climáticos mais extremos;
- Segundo o The Verge, o MethaneSAT é projetado para rastrear o vazamento de metano em campos de petróleo e gás, que representam cerca de 80% da produção global;
- O objetivo é identificar rapidamente a quantidade de metano que está escapando e de onde vem, para que medidas possam ser tomadas para evitar esses vazamentos;
- O metano é 80 vezes mais potente do que o dióxido de carbono na capacidade de aquecer o planeta, mas sua potência diminui após os primeiros 20 anos de entrada na atmosfera.
Outras iniciativas
O Google também está trabalhando com a Environmental Defense Fund (EDF) para criar mapa global da poluição por metano a partir de infraestruturas de petróleo e gás.
Se a missão for bem-sucedida, os formuladores de políticas poderão avaliar o progresso das ações climáticas com base em medidas reais de poluição, em vez de estimativas baseadas em autodeclarações das empresas.
O custo de construção e lançamento do satélite é de US$ 88 milhões (R$ 435,28 milhões, em conversão direta), sendo que o Bezos Earth Fund concedeu à EDF doação de US$ 100 milhões (R$ 494,64 milhões) para ajudar no projeto. A Agência Espacial da Nova Zelândia também está financiando a missão.
A previsão é que o MethaneSAT comece a divulgar dados publicamente no meio do ano e uma imagem completa das principais bacias de petróleo e gás ao redor do mundo é esperada até 2025, com os dados disponíveis no site do MethaneSAT e do Google Earth.