sexta-feira, novembro 22, 2024
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Saiba quais vereadores assinaram pedido de CPI que mira o padre Júlio Lancellotti

O pedido de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que mira o padre Júlio Lancellotti conta com o apoio de 19 vereadores paulistanos.

A solicitação já foi protocolada na Câmara Municipal.

Veja quais vereadores assinaram o pedido de CPI:

  • Rubinho Nunes (União)
  • Fernando Holiday (PL)
  • Marlon Luz (MDB)
  • Rodolfo Despachante (PP)
  • Marcelo Messias (MDB)
  • George Hato (MDB)
  • Rinaldi Digilio (União)
  • Cris Monteiro (Novo)
  • Milton Leite (União)
  • André Santos (Republicanos)
  • Atílio Francisco (Republicanos)
  • Isac Félix (PL)
  • João Jorge (sem partido)
  • Ely Teruel (Podemos)
  • Eli Corrêa (União)
  • Rute Costa (PSDB)
  • Sansão Pereira (Republicanos)
  • Adilson Amadeu (União)
  • Major Palumbo (PP)

O pedido enviado à Câmara propõe investigar “violações à dignidade da pessoa humana, em especial crimes contra a liberdade sexual, assédio moral, sexual, psicológico e abusos congêneres cometidos contra pessoas em situação de rua”, segundo o documento protocolado.

Autor do pedido de CPI, o vereador Rubinho Nunes (União-SP) informou à CNN que está reunindo assinaturas para que o pedido seja analisado com urgência pela Câmara. Segundo ele, faltam sete apoios, que devem ser coletados até a próxima quarta-feira (20).

O vereador Milton Leite (União-SP), presidente da Câmara, foi um dos que assinaram o pedido de criação da CPI. Além dele, o vice-presidente João Jorge (sem partido) também apoiou a abertura de uma comissão de inquérito.

Em janeiro, contudo, Jorge afirmou à CNN que a CPI não prosperaria, e que não seria de interesse da Câmara “entrar nessa briga com a Arquidiocese”.

Ao ser questionado pela reportagem sobre a mudança de posição, Jorge disse que, entre os motivos, estavam a apresentação de depoimentos de adolescentes que teriam sido abusados pelo padre, e um vídeo que classificou como “comprometedor”.

Além disso, diz o vereador, a mudança de posição da Arquidiocese paulista também influenciou na sua. Ela abriu nova investigação contra o padre e a possível vítima fez o relato de um suposto caso, conforme apuração do analista da CNN Pedro Duran.

Jorge disse que fez uma consulta aos seus eleitores nas redes sociais, dos quais 95% se mostraram favor da investigação. “Se o padre for inocente, ele estará liberado. Se ele deve alguma coisa, deve pagar por aquilo que deve”, concluiu João Jorge.

A CPI, se criada, vai ser composta por sete membros e terá um prazo de cerca de quatro meses para ser concluída, podendo ser prorrogada.

O pedido começou a prosperar em janeiro deste ano, mas só foi protocolado dois meses depois — alguns vereadores retiraram suas assinaturas após a repercussão de que a Comissão teria como alvo o padre.

A CNN entrou em contato com o padre Júlio Lancellotti e aguarda retorno.

*Sob supervisão de Nathan Lopes

Via CNN

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